Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Investigação do TCU sobre uso de notas frias envolve gabinete de Amin

Quinta, 19 de setembro de 2013

 

Recibos de empresas de fachadas foram usados para aluguel de carro de motorista

 
 

O uso de notas frias para justificar o aluguel de carros, alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), agora envolve o gabinete do deputado catarinense Esperidião Amin (PP). 

O gabinete do parlamentar se valeu de notas fiscais obtidas junto a empresas de fachada, uma prática que o deputado catarinense afirma desconhecer. Em posse de cópias dos documentos, a procuradoria do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) afirma que abrirá investigação e comunicará o Ministério Público Federal. Outros 20 casos envolvendo deputados estão sendo analisados pelo TCU. Nenhum de SC.

No caso do gabinete de Amin, o mesmo veículo – um Azera ano 2010 – foi alugado por três diferentes empresas. Segundo as 27 notas apresentadas para justificar o gasto, o veículo custa R$ 3,5 mil mensais desde 2011. Mas o Azera não pertence às empresas que forneceram notas, e sim a Leandro Hernandes Rodrigues de Souza, filho de Jerônimo Rodrigues de Souza. Jerônimo é motorista do gabinete.

A reportagem procurou as locadoras cujas notas constam nas prestações de contas – e cujo acesso é público – se apresentando como um assessor parlamentar interessado em comprar notas. Os diálogos foram gravados com uma câmera escondida. O primeiro locador é Ernanny da Rocha Souza, proprietário das empresas Rocha Rent A Car e DF Polímeros, que forneceram 21 notas ao gabinete entre 2011 e 2012. As duas empresas são de fachada. Acreditando se tratar de um cliente em potencial, Ernanny detalhou como funcionaria o acordo.

– O contrato vinha dizendo que o carro do Jerônimo (motorista do parlamentar) era meu, da minha locadora... Só no contrato – diz Ernanny, que fala ter cobrado R$ 450 por cada nota.






Em 2013, a empresa fornecedora das notas passou a ser a Prisma Rent a Car. A reportagem foi recebida pelo proprietário, José Gomes Lopes. Trata-se, de fato, de uma locadora de veículos. Espontaneamente, ele menciona o caso do gabinete de Amin, mostra o contrato e detalha como seria feito o pagamento. Segundo Lopes, a empresa fornece a nota e, assim que o gabinete recebe reembolso da Câmara, o pagamento é depositado na sua conta. O valor então é sacado. A Prisma fica com um percentual e devolve o restante. O empresário diz cobrar 22% do valor do aluguel do veículo.

– R$ 3,5 mil menos 22% é igual a R$ 770. O resto fica pra você – calcula  ele.

De março de 2011 a junho de 2013, o gabinete de Amin foi reembolsado em R$ 94,5 mil pelo aluguel do carro do filho do próprio motorista. Se descontados os valores supostamente cobrados pelas notas, sobrariam R$ 80.430. O reembolso do aluguel é um direito dos parlamentares. Para receber os valores basta a apresentação de notas fiscais.



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA