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Banda Treml: Centenário para ninguém botar defeito

Segunda, 06 de maio de 2013

Muitas atividades durante o dia 1º de maio

 

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Após ato na praça Getúlio Vargas, grupo seguiu até a Sociedade Ginástica (Fotos Elvis Lozeiko/Evolução)
  

O dia amanheceu nublado, mas isso não alterou os eventos, programados há meses pelos músicos. O dia de centenário da Banda Treml, quarta-feira, 1º de maio, foi dedicado integralmente à celebração da data histórica. A sucessão de eventos não deu margem para erros: todas as pessoas, envolvidas de alguma forma com a banda, foram contempladas e homenageadas ao longo da programação. O significado do dia pode ser sentido antes do começo das comemorações. Antes de sair de casa, o saxofonista Landivo Bail conferiu, pela última vez, a carroceria da caminhonete, para assegurar-se de que o instrumento estava lá. A caminho do ponto de encontro, as conversas eram sobre os ensaios, as pequenas inseguranças e certezas do dia que os aguardava. Reunidos na Sociedade Ginástica às 9:00, os músicos esperavam o ônibus, que os levou até o local da primeira homenagem. Os integrantes chegavam aos poucos, alguns com sorrisos no rosto, outros com olhares cansados da ansiedade noturna. Ali já surgiram os primeiros olhos marejados.

Na praça João Treml ocorreu o primeiro momento oficial do dia, uma homenagem ao fundador da banda. Enquanto os músicos aguardavam, postados em um meio círculo ao redor do busto de João Treml, o público chegava. Familiares do fundador, ex-membros e população surgiam através das árvores e arbustos da praça, aproximando-se do centro. Em um clima de respeitosa descontração, alguém lembrou: “Antigamente teria um engradado de cerveja aqui”. Os discursos lembraram a história da banda, seu princípio, seus membros fundadores e sua continuidade. Além do presidente da banda, Marcio Brosowsky, o ex-prefeito Otair Becker falou, ressaltando a importância do grupo para a cidade. “Raras cidades do mundo podem alcançar apenas cento e quarenta anos de existência e comemorar o centenário de uma banda”, lembrou. Grande incentivador, foi ele um dos responsáveis pela viagem do grupo a Brasília na década de 1970. Foi em sua gestão como prefeito que a praça João Treml foi inaugurada, em 2 de fevereiro de 1969.

 

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Almoço – com direito a café e bolo especialmente enfeitado – reuniu centenas de pessoas
 

 

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Após o primeiro evento, banda e público dirigiram-se à praça Getúlio Vargas. Lá, a placa que nomeia o coreto em homenagem a Affonso Treml foi recolocada. Além disso, a Fundação Cultural inaugurou um monumento, alusivo aos 100 anos da banda. Após descerrar a placa, com os dizeres “Aos guerreiros da tradição, nossa gratidão”, o grupo marchou, tocando, até a Sociedade Ginástica, onde foi servido um almoço comemorativo. No salão lotado, o clima era de festa. Após entoar o “Parabéns pra você”, ex-integrantes foram convidados a compartilhar o palco com membros atuais, em uma justa celebração àqueles que também fizeram parte dessa história.

À noite, a plateia aguardava os músicos da Banda Treml, lotando as cadeiras da Sociedade Ginástica. Aos poucos, ouviram-se os primeiros sons, elevando-se gradualmente ao passo que os músicos aproximavam-se. A entrada no salão foi triunfal: o público levantou-se para receber o cortejo, encabeçado pelos membros da Sociedade Atiradores 23 de Setembro, em uma reprodução do rito anual protagonizado por banda e sócios durante as festas de Tiro de Rei. No palco, a banda interpretou dezesseis composições, escolhidas cuidadosamente para a data. Músicas que não eram tocadas há décadas foram resgatadas, em uma valorização dos primórdios do grupo e mais uma homenagem, desta vez aos colonizares de São Bento e região. Ao longo da noite, outras homenagens foram feitas: a primeira aos familiares dos músicos. Outra, aos ex-maestros.

 

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O regente Luis Francisco Kamienski
 

A promessa de inovação anunciada pelo grupo foi cumprida. Na segunda parte do programa, os músicos protagonizaram uma cena de comédia. O presidente Márcio Brosowsky e o regente Luis Francisco Kamienski uniram-se em um cômico diálogo sobre o novo instrumento da banda: uma bigorna. Findo o debate sobre a afinação do instrumento, principiou a interpretação da música “Amboss Polka”, tendo a bigorna como sonoridade principal. Além da peça, uma composição do maestro Luis Kamienski inovou o repertório, incorporando uma balada à apresentação.

Cumprindo com a proposta do tradicionalismo germânico, o grupo logrou incluir inovações ao concerto, que manteve um tom de camaradagem em relação a músicos e público: todos estavam à vontade, como em uma roda de amigos. Encerrando o concerto, a Banda Treml não poderia deixar de tocar a famosa “Alten Kamaraden”, cujo anúncio foi recebido com palmas e comentários de comemoração. Afinal, uma apresentação da Banda Treml sem a famosa música parece incompleta.

Finalizando o dia, a Banda Treml ofereceu um coquetel a todos os presentes. Antes disso, porém, o maestro lembrou que a banda ainda promete novidades para o restante do ano. Ele explicou que o dia 1º de maio foi um marco de início. “Hoje começa o ano do centenário. Não termina aqui – mas começa aqui”.



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