SC é o Estado mais formalizado do país, com o maior número de carteiras assinadas em relação à população economicamente ativa. Esse fator, somado às características de equilíbrio regional e diversificação industrial tornou o ambiente favorável para melhorar o emprego e a renda. A afirmação é do supervisor técnico do Dieese, José Álvaro de Lima Cardoso.
Segundo ele, o Estado reagiu bem na geração de empregos mesmo quando o crescimento do PIB começou a cair.
— Mesmo com a queda do PIB nos últimos dois anos, a década de 2010 tem crescimentos bem mais expressivos do que a de 1990. E o fenômeno mais positivo disso tudo é que o emprego não caiu, mesmo quando a geração de riquezas começou a desacelerar. Houve a inclusão de pessoas no ciclo de consumo e com isso a criação de empregos continuou alta — avalia.
O crescimento da renda, diz Cardoso, também foi puxado pelo salário mínimo, que teve aumento real de 70% em 10 anos. E SC adotou um salário mínimo regional de forma diferente dos outros estados.
— Todos os outros quatro salários regionais existentes no país foram impostos de cima para baixo. O único que surgiu de uma pressão de trabalhadores foi em SC. Com isso, o salário mínimo pegou. O menor piso do Estado é 15% a 20% maior do que o salário mínimo.