O resultado de um exame toxicológico pode mudar o rumo do inquérito que apura uma reação policial na BR-101, em Balneário Piçarras, ocorrida em 23 de outubro, quando um caminhoneiro foi atingido por dois tiros.
A versão de que Everaldo Schwambach, 38 anos, teria posto em risco a vida dos policiais, ganha força com o laudo que revelou a presença de cocaína no sangue do motorista.
Além da droga, havia outras substâncias anestésicas que podem ser originadas de medicamentos recebidos pela vítima no Hospital São José, durante atendimento. A delegada responsável pelo caso, Tânia Harada, entrará em contato com a unidade de saúde para verificar o que foi dado ao paciente.
— O que mais me chamou a atenção foi a presença de cocaína no sangue. Isso dá um respaldo maior para o relato dos policiais, mas é cedo para falar.
Em depoimento, Everaldo negou que teria ingerido drogas ou álcool. O inquérito deve ser concluído até o fim do ano. O delegado envolvido na ocorrência, Rodolfo Farah, comentou o resultado do exame.
— Com isso, a nossa versão acaba tendo mais credibilidade — argumenta.
O policial civil afirma que o caminhão foi jogado contra o carro descaracterizado da polícia por três vezes, sendo que em uma delas teria sido de forma proposital, pressionando o carro contra a mureta.
A reportagem não conseguiu falar com Evaldo. Porém, a irmã dele, que não quis se identificar, disse desconhecer o uso de drogas por parte do irmão.