O horário do jogo não foi dos melhores para a população em geral, nem a partida foi capaz de parar a produção das fábricas e nem suficiente para deixar escritórios e ruas vazias, mas a estreia da Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Londres, ontem à tarde, tem um significado especial não só para o goleiro Neto e seus familiares e amigos em Rio Negrinho. Ver um jovem de 23 anos vestindo a camisa 1 da amarelinha (na verdade é a 18) também deve servir como exemplo de trabalho. Certamente não foi fácil para o rio-negrinhense (que já passou pelo Cruzeiro e pelo Atlético/PR) chegar até este momento, pois o futebol, essa paixão brasileira e mundial, está cheio de percalços e dificuldades, quando não de ilusões e decepções.
Há simplesmente milhões de jovens que sonham em atuar em times grandes do país e até do exterior (caso do próprio Neto, que está na Fiorentina da Itália). Mas, definitivamente, não é algo fácil. Pois o rio-negrinhense, sem dúvida, chega ao auge com sua escalação em plena estreia olímpica. O azar de um (titular Rafael se machucou) acabou sendo a sorte de outro - o jovem Neto, que, claro, deve ter todo o reconhecimento devido à sua luta com a tão injustiçada função de goleiro. Com a camisa da Seleção Brasileira (olha a responsabilidade!), certamente esta luta tende a ser maior ainda – e, quiçá, também mais recompensadora.
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