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Importação de calçados subiu 18,5% em 2011 no País

Terça, 17 de janeiro de 2012

 

As importações brasileiras de calçados, em volume financeiro, aumentaram 40,4% em 2011 na comparação com 2010, somando US$ 427,7 milhões ante US$ 304,5 milhões. Em número de pares de calçados, as compras externas cresceram 18,5% no mesmo período.

Já as exportações caíram 12,8% em volume financeiro, de US$ 1,486 bilhão em 2010 para US$ 1,296 bilhão em 2011, com redução de 21% da venda de pares. Os números foram divulgados ontem pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Milton Cardoso, no primeiro dia da Couromoda 2012 em São Paulo. Na avaliação de Cardoso, a indústria brasileira está sendo prejudicada por importações em condições desleais e pelo câmbio valorizado.

Em função dos resultados do ano passado, segundo Cardoso, a associação tem conversado regularmente com representantes do governo federal a respeito das importações "fraudulentas". A expectativa do setor é de que uma investigação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) sobre a possível triangulação de importações para evitar tarifas impostas ao calçado chinês deva ser encerrada até o fim deste trimestre.

O presidente da Abicalçados afirmou que a China declarou que exportou ao Brasil 38 milhões de pares de calçados em 2010, enquanto o Brasil declarou que importou da China 9 milhões de pares no mesmo ano. "Três quartos dos sapatos que a China exportou em 2010 chegaram aqui como sendo feitos em outros países", afirmou Cardoso. "Começamos a ver até mesmo dados muito exóticos, como calçados sendo fabricados em Hong Kong, que não tem nenhuma fábrica", acrescentou. As importações de calçados da China cresceram 10,7% em 2011, segundo a Abicalçados.

Cardoso citou também a concorrência com a Indonésia, onde o custo da hora extra da mão de obra no setor, segundo cálculos da Abicalçados, seria de US$ 1,68, enquanto no Brasil seria de US$ 7,85 em 2011, a partir do câmbio médio do ano. Houve aumento 53% no número de pares importados pelo Brasil da Indonésia em 2011 em comparação com 2010.

Sobre novas imposições do governo argentino contra importações de produtos, o presidente da Abicalçados se disse surpreso com as medidas. Segundo ele, o acordo existente antes previa que as restrições deveriam beneficiar a indústria argentina, mas 75% dos calçados viriam do Brasil e 25%, de outros países. "Mas ocorreu o contrário, quase 50% das importações argentinas do ano passado tiveram outras origens".

De acordo com Cardoso, há três milhões de pares de sapatos brasileiros parados nos portos argentinos. "Para que é que serve o Mercosul se não conseguimos estabelecer livre trânsito de produtos", questionou.

Couro moda começa com bons negócios

Os 51 micro e pequenos empresários que integram o estande coletivo do Rio Grande do Sul na Couromoda, em São Paulo, já tiveram uma mostra do potencial que o evento representa em termos de contatos e de negócios. Logo no primeiro dia da 39ª edição da Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro, o movimento foi positivo, inclusive com o fechamento de negócios.

"Mesmo sendo este apenas o primeiro dia já foi possível ter um termômetro dos resultados que nossos empresários podem obter. Estamos observando um clima muito bom aqui na Couromoda e este é o primeiro grande passo para que tenhamos bons resultados quanto vendas, a exemplo das edições anteriores", destacou o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, Marcelo Clark Alves. O estande coletivo é uma parceria da entidade com o Sebrae/RS e governo do Estado.

Para o diretor da empresa Impeccabile, focada em calçados femininos, Ede Laredo Sorgetz, as expectativas são muito boas. "Viemos para a feira com o objetivo de aumentar em 20% os negócios realizados no ano passado. E já no primeiro dia nosso espaço teve uma grande visitação, com destaque para compradores de Santa Catarina e do Paraná, além do Espírito Santo e de Minas Gerais", comemorou.

Além do estande coletivo que reúne micro e pequenas empresas coureiro-calçadistas, o governo gaúcho mantém uma parceria com a Associação das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq), com dez empreendimentos em um espaço comum. "Já no primeiro dia da exposição, os estandes das empresas gaúchas estão lotados, o que sinaliza uma grande feira", avaliou Marcelo Lopes, presidente do Badesul. Ele destaca que o governo do Estado está finalizando a política industrial e de inovação para 22 setores estratégicos, incluindo o setor coureiro-calçadista.

O secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, salienta que o incentivo às empresas gaúchas na Couromoda também é importante pelo incremento de negócios e pela oportunidade para que os empresários tenham um contato mais efetivo com as inovações do mercado. "Estamos muito satisfeitos com o fato de que 43% das empresas que estão sendo apoiadas pelo Estado estão expondo pela primeira vez."

Fonte: Jornal do Comércio RS



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