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Europa está dividida sobre ampliar fundo de resgate

Segunda, 16 de janeiro de 2012

 

O rebaixamento em massa de países da zona do euro reaqueceu um debate sobre a ampliação do fundo de resgate do bloco, mas os governos estão divididos sobre um possível aumento de suas contribuições, disse neste domingo uma autoridade da União Europeia. “Existe um debate. A questão ainda está aberta e não há até agora um consenso”, disse a autoridade sob condição de anonimato.

A chanceler alemã Angela Merkel, cujo país foi poupado pela ação da Standard & Poor’s, recusa-se a elevar a fatia de Berlim na Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). A Alemanha, maior economia da Europa, já é o maior fiador da EFSF, que começou com € 440 bilhões mas tem atualmente € 250 bilhões após os resgates de Portugal e Irlanda. O fundo agora é considerado pequeno demais para ajudar Itália ou Espanha, respectivamente terceira e quarta economias. A Grécia já aguarda um segundo resgate.

A decisão da S&P de rebaixar nove países da zona do euro na sexta-feira, com destaque para França e Áustria, pode afetar a EFSF. “A EFSF pode perder seu triplo A para empréstimos a longo prazo”, se nada for feito para compensar os rebaixamentos de França e Áustria, disse a autoridade da UE.

A S&P havia alertado no mês passado que qualquer rebaixamento de um dos seis países com triplo A poderia levar a um corte similar para a EFSF. O rebaixamento deixou quatro países com triplo A: Finlândia, Alemanha, Luxemburgo e Holanda.
O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, criticou a decisão da Standard & Poor. Segundo ele, trata-se de uma medida inconsistente. O ministro das Finanças francês, François Baroin, por sua vez, disse que o país não permitirá que as agências ditem suas políticas.

O governo da Áustria afirmou que o rebaixamento de seu rating de crédito de AAA para AA+ foi uma medida incompreensível e ameaçava minar o progresso conseguido nas últimas semanas na crise da zona do euro. “É incompreensível quando uma das três agências de rating dos EUA decide avançar sozinha e rebaixar países da zona do euro, ou dar a eles uma perspectiva negativa”, afirmou um comunicado do governo austríaco.

O país criticou o que qualificou como levantamento desigual feito pela agência de diferentes países da zona do euro que antes tinham ratings AAA, “mesmo que as soluções estivessem e estejam sendo trabalhadas em cooperação próxima”. Viena trabalha “intensamente” em cortes de gastos, o Parlamento aprovou leis para reduzir o déficit e a Moody’s e a Fitch reafirmaram recentemente o rating AAA do país, lembrou o governo.

Dos 17 países da zona do euro, nove foram rebaixados na sexta-feira. A S&P baixou em dois graus as notas da Itália, Espanha, Portugal e Chipre. Os bônus da Itália agora são classificados como BBB+, o degrau mais baixo antes de o país perder o chamado grau de investimento, nível considerado seguro pelo mercado financeiro. França, Áustria, Malta, Eslováquia e Eslovênia caíram um degrau na classificação. A S&P manteve a nota máxima, AAA, de Alemanha, Finlândia, Holanda e Luxemburgo.

França vai superar problemas com vontade coletiva, garante Sarkozy

O presidente francês, Nicolás Sarkozy, disse ontem que seu país superará a crise. “A crise pode ser superada desde que tenhamos a vontade coletiva e a coragem para reformar o nosso país”, disse Sarkozy em um discurso na cidade de Amboise, no primeiro pronunciamento público após o anúncio do rebaixamento da nota da França. “Nós devemos resistir, devemos lutar, devemos mostrar coragem, devemos permanecer calmos”, afirmou ele.

Sarkozy garantiu que fará um discurso à nação no final do mês e falará aos franceses sobre “as decisões importantes que devem ser feitas sem demora”. Ele deve se reunir na quarta-feira com sindicatos e empregadores para tentar tornar o mercado de trabalho da França mais flexível e combater o desemprego antes das eleições presidenciais neste ano.
No sábado, o primeiro-ministro da França, François Fillon, afirmou que o rebaixamento era uma notícia “esperada” e não deve ser “dramatizada” ou mesmo “subestimada”. “As medidas orçamentárias que adotamos são suficientes”, garantiu a cem dias das próximas eleições presidenciais o chefe do executivo francês.

Apesar da confiança, ele não descartou novos ajustes se “necessário”, uma vez que exista “melhor visibilidade” sobre o crescimento econômico. Fillon se referiu à possibilidade de aplicar decisões fortes e, concretamente, de assumir “reformas estruturais” como reduzir “o custo do trabalho” para relançar o crescimento econômico, a partir da cúpula social que será realizada na França na quarta-feira.

“As agências de medição de risco não determinarão nossas políticas nem nossa agenda”, declarou Fillon, quem ressaltou que seu governo nunca escondeu “a gravidade da crise aos franceses”.

Nações europeias precisam criar agências de rating, defende ministro alemão

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou em uma visita à Grécia que chegou a hora de a Europa criar agências independentes de rating de crédito e acalmar o nervosismo dos mercados com as constantes especulações.

Durante uma pausa nas negociações com o ministro das Relações Exteriores grego, Westerwelle afirmou a repórteres acreditar que é muito importante dar a acordos e pactos realizados dentro da zona do euro uma chance real de funcionar. Ele acrescentou que essa é a única maneira de renovar a confiança dos mercados. Westerwelle também se reuniu com o primeiro-ministro, Lucas Papademos, e com o líder conservador  Antonis Samaras.

No sábado, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o rebaixamento de nove países da zona do euro representará para a Europa um “longo caminho” a percorrer para recuoerar a confiança dos investidores.

Angela pediu que os países europeus apliquem “o quanto antes possível” o pacto previsto para fortalecer a disciplina fiscal. Ela acrescentou que os países da zona do euro devem estabelecer o mais rapidamente possível o chamado Mecanimo de Estabilidade Europeia, o fundo de resgate permanente. “Temos agora o desafio de implementar um acordo fiscal ainda mais rapidamente... e fazer isso de forma decidida, sem tentar atenuar a questão. Também trabalharemos particularmente para implementar o mecanismo de estabilidade permanente, o MEP, assim que possível. Isso é importante em relação à confiança do investidor”, disse a chanceler alemã durante uma reunião dos conservadores na cidade de Kiel, no norte da Alemanha.

A medida da S&P não foi uma surpresa, afirmou Angela Merkel. “É uma das três agências de classificação. Precisamos levar isso em conta. Não nos surpreendeu completamente, dadas as discussões das últimas semanas.”

Fonte: Jornal do Comércio RS



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