Florianópolis - Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios catarinenses de 2009, compatíveis com os resultados e as metodologias das Contas Regionais e Contas Nacionais Brasileiras, foram divulgados no final de 2011 pela Secretaria do Planejamento de Santa Catarina e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A repartição do PIB estadual entre as cidades catarinenses permite identificar as áreas segundo o grau de desenvolvimento econômico, conhecer suas dinâmicas e tendências, possibilitando o planejamento de políticas públicas e a alocação de recursos.
Conforme as faixas de distribuição acumulada do Produto Interno Bruto (PIB), no ano de 2009, 20 dos 293 municípios catarinenses concentraram 60,25% do PIB estadual: Joinville, Itajaí, Florianópolis, Blumenau, Jaraguá do Sul, Chapecó, São José, São Francisco do Sul, Criciúma, Brusque, Lages, Balneário Camboriú, Palhoça, Concórdia, Tubarão, São Bento do Sul, Videira, Guaramirim, Caçador e Rio do Sul.
O PIB de Joinville ficou em R$ 13,4 bilhões; Itajaí, R$ 10,9 bilhões; Florianópolis, R$ 8,3 bilhões; Blumenau, R$ 7,7 bilhões; e Jaraguá do Sul, R$ 4,7 bilhões. O PIB de Chapecó para o ano de 2009 ficou em R$ 4,4 bilhões; São José, R$ 4,2 bilhões; São Francisco do Sul, R$ 3,3 bilhões; Criciúma, R$ 3,2 bilhões; e Brusque, que passou a ocupar a 10ª posição, que em 2008 pertencia a Lages, R$ 2,4 bilhões.
As cinco cidades catarinenses com o maior PIB, considerando os cem maiores municípios brasileiros, estão classificadas da seguinte forma no ranking nacional: Joinville, na 32ª posição; Itajaí, na 40ª; Florianópolis, na 55ª; Blumenau, na 60ª; e Jaraguá do Sul, na 97ª. Esses municípios concentram 34,57% do PIB de Santa Catarina e 24,78% da população estadual.
Mirim Doce ficou entre as cidades com maiores ganhos de posição em nível estadual e nacional, sendo que em 2008 ocupava em Santa Catarina a 262ª posição, e em 2009 subiu para a 201ª posição.
Joinville, além de ser o município mais populoso do Estado, com 497 mil habitantes, também faz parte do polo eletro-metal-mecânico de Santa Catarina. Itajaí destaca-se no setor de serviços, mais especificamente no de comércio exterior, devido ao Programa Pró-Emprego, que concede incentivos fiscais para que empresas importem pelos portos catarinenses.
Florianópolis, a Capital administrativa do Estado, é o segundo maior município em população, com 408 mil habitantes. A cidade concentra atividades econômicas ligadas ao setor de Serviços, Governo, Educação e Turismo. Blumenau tem suas atividades econômicas voltadas à fabricação de produtos têxteis.
Jaraguá do Sul forma com Joinville o polo eletro-metal-mecânico do Estado, tendo relevância nos setores da indústria e de serviços - comércio atacadista e varejista. O município vem ganhando participação no PIB ao longo da série, em função do bom desempenho da empresa WEG Equipamentos Elétricos S.A.
As cidades com os maiores PIB per capta são, em primeiro lugar, São Francisco do Sul, com R$ 82,98 mil, seguido de Itajaí, R$ 63,2 mil; Treze Tílias, R$ 52,7 mil; Guaramirim, R$ 41,6 mil; Vargem Bonita, R$ 39,9 mil; Cordilheira Alta, R$ 36,5 mil; Água Doce, R$ 34,5 mil; Antônio Carlos, R$ 34,2 mil; Jaraguá do Sul, R$ 33,8 mil; e Joaçaba, R$ 33,6 mil.
Crecimento de 5,3% em 2009
Dados divulgados pela Secretaria de Estado do Planejamento e IBGE em novembro, apontaram que a economia catarinense apresentou um crescimento de 5,3% em 2009. Em relação a 2008, contudo, teve uma retração de -0,1% de seu PIB na participação nacional, que em 2008 era de 4,1%, e em 2009 ficou em 4%. A queda se deu em virtude da crise mundial, além das fortes chuvas que atingiram Santa Catarina em 2008, prejudicando a movimentação no Porto de Itajaí. Os embargos russos em relação à exportação de aves e carne suína também contribuíram para o resultado negativo.
O secretário de Estado do Planejamento, Filipe Mello, avalia que os números são reflexo de que Santa Catarina, tendo a união de esforços da iniciativa privada e do setor público, por meio do Governo do Estado, está gerando frutos economicamente positivos. “Isso certamente refletirá em avanços ainda maiores quando da avaliação do PIB nos próximos anos”, enfatiza.