Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
25/12/11 Dom: Vigília Is 62,1-5 – Sl 89 – At 13,14-25 – Mt 1,1-25
Noite Is 9,1-6 – Sl 96 – Tt 2,11-14 – Lc 2,1-14
Aurora Is 62,1-12 – Sl 97 – Tt 3,4-7 – Lc 2,15-20
Dia Is 52,7-10 – Sl 98 – Hb 1,1-6 – Jo 1,1-18
EVANGELHO: (Ler na Bíblia: o que está acima)
FELIZ NATAL! O Evangelho deste Domingo do Nascimento de Jesus mostra a cena do Natal, pintada por Lucas, que nos convida a contemplar a filantropia de Deus, que, no Filho, por nós se tornou carne. Deus se fez pequeno e indefeso para ser acolhido por nós. A Cruz já se anuncia no horizonte. O nascimento de Jesus, de fato, tem um caráter ‘passional’: revela a paixão de Deus por nós, a sua extremada simpatia, que levou a compartilhar a nossa condição. O problema da fé cristã é acolher a carne de Deus que assumiu a nossa fraqueza: “Todo espírito que confessa que Jesus veio de Deus”. A carne de Jesus revela Aquele que nunca ninguém viu. Enquanto o poder humano se exalta, se dilata e se impõe num recenseamento ‘mundial’, a impotência de Deus se humilha, se aperta e se concentra num menino. O Imperador não cabe no mundo; num pedacinho do mundo, cabe o Filho de Deus. Se o Filho de Deus tivesse se apresentado com poder e glória, não se teria exposto à rejeição: todos o teriam acolhido, mas seria um ídolo, não Deus. Normalmente, pensamos que Deus seja de ‘grandeza enorme’, ‘esplendor extraordinário’, ‘terrível aspecto’. Estas, porém, em todas as religiões, são as características de um ídolo. Deus, ao contrário, é como a pequena pedra que derruba o ídolo. Seu sinal não é nem a grandeza, nem o esplendor, nem o aspecto terrificante: a sua grandeza enorme será a de uma criança, o seu esplendor fascinante será o de um bebe enfaixado, o seu aspecto tremendo será o de um corpinho que treme na manjedoura. Podemos colocar-nos sob duas ‘bandeiras’: a do nosso Rei é a pobreza, a humilhação e a humildade; a de satanás é a riqueza, a vanglória e a soberba. A pobreza da cena cativou de tal modo São Francisco de Assis que ele montou o ‘segundo’ presépio da história; o primeiro foi pintado por Lucas! O ‘presépio’ é norma para a fé: é a porta de entrada para a casa em que Deus mora; é o acesso para O conhecer e O reconhecer. A pequenez delicada de Deus respeita a liberdade do homem. O amor é vulnerável, expõe-se à rejeição, pois não pode se impor; senão, não seria amor. Mas, quando acolhido na sua impotência, dá ‘o poder de se tornar filhos de Deus’. O fato histórico, único e irrepetível, acontecido há dois mil anos, assim narrado, foi anunciado como ‘sinal’, e deve ser, lido para dar significado, a toda história. Além do minúsculo circulo de Maria e José, os primeiros a verificá-lo são os pastores. Assim como Maria, os pastores e Lucas, somos convidados a contemplar e a tocar, com eles, a Palavra da vida, o Verbo feito carne, que habitou entre nós. Tendo tocado o Mistério naquele fragmento de miséria, nos tornamos, como os pastores, anunciadores da Palavra: ‘Nasceu-vos hoje um Salvador, que é Cristo-Senhor’. De boca em boca, o anúncio dos pastores tornou-se anúncio dos evangelizadores, relato dos evangelistas, boca nova que nos transmite o cumprimento da promessa de Deus e nos salva. Através da fé somos convidados à salvação. Natal não é só fato e memória do passado. Natal é todo dia em que o nascimento do Salvado é anunciado e crido!
26/12/11 – Seg: At 6,8-10; 7,54-59 – Sl 30 – Mt 10,17-22
27/12/11 – Ter: 1Jo 1,1-4 – Sl 96 – Jo 20,2-8
28/12/11 – Qua: 1Jo 1,5-2,2 – Sl 123 – Mt 2,13-18
29/12/11 – Qui: 1Jo 2,3-11 – Sl 95 – Lc 2,22-35
30/12/11 – Sex: Gn 15,1-6; 21,1-3 ou Hb 11,8.11-12.17-19 - Sl 104 – Lc 2,22-40
31/12/11 – Sáb: 1Jo 2,18-21 – Sl 95 – Jo 1,1-18
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