Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
11/12/11 Dom: Is 61,1-2a.10-11 – Sl 1 – 1Ts 5,16-24
EVANGELHO: (Ler na Bíblia Jo 1,6-8.19-28).
O Evangelho deste 3º Domingo do Tempo do Advento fala sobre João Batista e seu testemunho. Tem duas partes: a primeira, tirada do Prólogo ‘poético’ do Evangelho de João; a segunda, tirada do Prólogo ‘narrativo’, que justamente conta o início do ministério de Jesus. O Prólogo ‘poético’ de João é como o início de uma sinfonia: aí está presente tudo o que se desenvolverá depois. Na história da fé e da teologia, é como uma mina de ouro ou diamante: daí são retiradas as mais importantes reflexões sobre a Trindade e a Encarnação. O Prólogo é um hino à Palavra, que João apresenta como luz e vida de tudo. Aquilo que a Palavra diz – depois de se calar na contemplação do Mistério – introduz nas modelações do indizível. Suas raízes estão no Antigo Testamento, naqueles cantos sobre a Palavra e a Sabedoria criadoras, que são personificações de Deus na natureza e na história. Enquanto, porém, Jo 1,6-8 é, sobretudo, a respeito da Palavra, Jo 1,19-20.29-34 é, principalmente, sobre o testemunho da Palavra e sua testemunha privilegiada. Os dois falam de João Batista: o primeiro, porém, no hino à Palavra; o segundo, na narração da Palavra. João Batista é a testemunha privilegiada da Palavra: ele a espera, intui sua presença, a reconhece revelada em Jesus, e a indica a outros! Os versículos 6-8 interrompem o ritmo do hino à Palavra, antecipa o versículo 15, e serão desenvolvidos nos versículos 19-34. Desde sempre, ‘a Palavra estava voltada para o Pai’; num momento preciso da história, “houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João”, que é sua testemunha privilegiada; haverá sempre outros homens e mulheres ‘enviados por Deus’, que testemunharão a outros. A finalidade do seu envio por parte de Deus é testemunhar: ele é enviado para testemunhar! João Batista é figura dos sábios e profetas, que, sempre e em todo lugar, despertaram seus irmãos para a luz. Em nenhuma época e em nenhum lugar do mundo faltaram e faltarão pessoas livres e iluminadas, que são como que sopradas pelo vento do Espírito e como que faróis em todos os âmbitos da vida e em todos os humanos corações. A finalidade do testemunho é a fé: ‘Para que todos cressem’! Em outros termos: a finalidade do testemunho é que ‘todos’ reconheçam a luz da vida e entrem naquele misterioso diálogo com Deus que os conduz a viver a sua verdade. Se há uma fé explícita e articulada, como a judaico-cristã, há outras expressões, também genuínas, da fé, que iluminam, a seu modo, os seres humanos. Não fosse assim, não teríamos vida, mas apenas crepúsculo, sombra e trevas, símbolos e pastores da morte! Os sábios e os profetas não são a luz. Mas são iluminados pela Palavra e a testemunham aos outros, a fim de que todos acolham a luz da vida. Um iluminado que se considera luz não só não ilumina, mas está na noite mais profunda. É “um cego que guia outros cegos”! ‘Testemunha’ é aquele que viu, recorda e conta. O ‘testemunho é uma experiência de vida que se torna palavra e é comunicada a outros. Tendo visto, guardado no coração e vivendo a Palavra, a ‘testemunha’ a proclama aos outros, para que a Palavra não caia no esquecimento, pois ela é a vida de tudo e de todos.
12/12/11 – Seg: Gn 4,4-7 – Sl 95 – Lc 1,39-47
13/12/11 – Ter: Sf 3,1-2.9-13 – Sl 33 – Mt 21,28-32
14/12/11 – Qua: Is 45,6b-8.18.21b-25 – Sl 84 – Lc 7,19-23
15/12/11 – Qui: Is 54,1-10 – Sl 29 – Lc 7,24-30
16/12/11 – Sex: Is 56,1-3a-6-8 – Sl 66 – Jo 5,33-36
17/12/11 – Sáb: Gn 49,2.8-10 – Sl 71 – Mt 1,1-17
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