Tradicional unidade escolar apresenta problemas
Nos últimos anos, dois pontos da tradicional Escola de Ensino Médio Professor Roberto Grant, localizada no Centro de São Bento do Sul, foram interditados – e, depois de resolvidas as pendências, desinterditados: a cozinha e o ginásio de esportes. Com quase 1,3 mil alunos, a unidade estadual é dirigida por Adriana Adam, que recebeu o Evolução na quarta-feira. A diretora explicou que o ginásio foi interditado em dezembro de 2010 pela Vigilância Sanitária são-bentense, com a alegação de que o piso da quadra, de madeira, “poderia se soltar e machucar os alunos”. No início de 2011, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional de Mafra (SDR), Wellington Bielecki, esteve no Roberto Grant para ver a situação.
Não só a situação do ginásio, mas toda a estrutura da escola, conforme Adriana, foi mostrada a ele, que então resolveu dar prioridade à reforma do referido ginásio, que foi desinterditado em outubro último, após a troca do piso e também com trabalhos de pintura e iluminação. Para uma segunda etapa, destacou a diretora, seria dada atenção ao prédio da unidade escolar. “Tem que trocar todo o telhado”, admitiu.
Pouco antes de a diretora receber a Reportagem, um professor afirmou que a escola sofre com outros problemas que estariam prejudicando alunos e professores, como “portas sem trincos e tomadas desencapadas”, além de áreas pelas quais escorre água em dias de chuva. Denúncia feita ao jornal aponta que uma quantidade de merenda teria sido desperdiçada recentemente, mas Adriana registra que a informação não procede.
R$ 600 MIL
Em alguns pontos da estrutura do prédio, como o leitor pode ver na foto ao lado, há rachaduras – mas, de acordo com a diretora, tratam-se apenas de “vãos para dilatação” e não estariam oferecendo perigo. Outra questão que merece atenção na escola é a adaptação dos banheiros para portadores de deficiência física. Contatado pela Reportagem na tarde de ontem, a assessoria do secretário Wellington informou que o mesmo não poderia atender no momento. Depois, porém, o engenheiro Rafael Sonaglio, da SDR, entrou em contato e informou que já está no orçamento de 2012 um valor de aproximadamente R$ 600 mil para a cobertura, para reparos na estrutura e para obras de acessibilidade. “Com certeza, no ano que vem vai sair”, afirmou.
Enquanto a estrutura do Roberto Grant não recebe maior atenção do Estado, um minicentro de eventos está sendo edificado, devendo ser inaugurado no primeiro semestre do ano que vem. Ainda faltam detalhes como o paisagismo, a estrutura interna e o mobiliário. O minicentro de eventos comportará um anfiteatro e uma sala de artes, entre outros.
MATRÍCULAS
A diretora Adriana Adam também falou sobre as matrículas para o primeiro ano do Ensino Médio, que se encerram hoje. “Durante vários anos”, nas palavras dela, foi registrada a formação de longas filas e inclusive de acampamentos para o processo. No final do ano passado, por exemplo, uma chuva em um dos dias de espera levou pais a dormirem no ginásio de esportes da escola.
Por conta da situação vivenciada – e amparada em um dos preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, através da Gerência Regional de Educação, foi definido que seria observada a partir de então o chamado zoneamento dos alunos. Assim, representantes do próprio Roberto Grant estão indo até escolas municipais que ficam na área de abrangência e estão matriculando os alunos. “Assim não temos problemas de filas”, comentou.