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Energia Elétrica: “Medidor inteligente” conta com tecnologia são-bentense


Aparelho que será utilizado pela Aneel é desenvolvido em uma empresa instalada na Incubadora Tecnológica

  

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O equipamento que substituirá os tradicionais “contadores” das residências brasileiras (Fotos Pedro Skiba/Evolução)
 

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um novo sistema de cobrança de tarifa na terça-feira. A medida deve entrar em vigor dentro de dois anos, será opcional e depende do desenvolvimento de “medidores eletrônicos de energia”.  O novo sistema de cobrança estabelece preços de energia específicos de acordo com o horário. O consumidor residencial, que hoje paga uma tarifa única independentemente do período do dia, poderá optar pelo plano que prevê energia mais barata nos horários de menor demanda. Pelo novo sistema, cada distribuidora de energia terá que definir um intervalo de três horas, entre as 17:00 e 22:00, em que o consumo de energia elétrica será mais caro. Neste horário de pico, a energia custará cinco vezes mais do que no horário de baixo consumo (madrugada) e três vezes mais do que no horário intermediário (restante do dia).

“A nova modalidade torna-se vantajosa para consumidores com flexibilidade para alterar seus hábitos de consumo durante os horários de maior carregamento do sistema elétrico, apresentando redução em suas faturas”, argumentou o diretor Edvaldo Santana, relator da matéria, em seu voto. O diretor garante, porém, que a conta de luz não ficará mais cara para os consumidores que não têm flexibilidade de uso da energia elétrica. “Ressalta-se que não haverá majoração de custos para aqueles cuja tarifa branca não é vantajosa, haja vista que continuarão na modalidade convencional”, garantiu Santana.

Conforme a nova estrutura tarifária do setor de distribuição aprovada pela Aneel, o horário de pico terá três horas de duração. A faixa intermediária durará duas horas – uma antes e outra após o horário de pico. Os horários de maior e menor demandas serão fixados pelas distribuidoras, mas terão de ser submetidos a audiência pública e aprovados pela Aneel. A nova modalidade tarifária terá caráter opcional, exceto para a cobrança de iluminação pública e para o mercado de baixa renda, com vigência a partir de janeiro de 2014. Em 2013, serão feitas as simulações dos valores das tarifas e os resultados serão divulgados pela Aneel, a fim de que o consumidor saiba se será vantajoso ou não para ele aderir ao novo sistema.

  

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Os funcionários André Pscheidt (esq.) e Bilsan Cemin entre o diretor Edson Ruthes
 

BANDEIRAS

A alteração da forma de cobrança também dependerá da implantação dos medidores eletrônicos de energia, os chamados “medidores inteligentes”, que ainda estão em fase de desenvolvimento no país. A Aneel também vai criar “bandeiras tarifárias” nas cores verde, amarela e vermelha, para alertar toda a sociedade sobre os custos de geração de energia ao longo do tempo. Quando a Aneel anunciar a “bandeira verde”, isso indicará um cenário de custos baixos para gerar a energia que chega ao consumidor.

A “bandeira amarela” representará um sinal de atenção, pois alertará que os custos de geração estão aumentando. Já a “bandeira vermelha” indicará uma situação mais grave, na qual, para suprir a demanda, está sendo acionada uma grande quantidade de termelétricas para gerar energia, que é uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas, por exemplo. Com a implementação das bandeiras tarifárias, o consumidor saberá se a energia que ele está recebendo em sua casa está mais cara ou mais barata em função da abundância ou falta de chuvas, que afetam diretamente o nível dos reservatórios e, consequentemente, o preço da tarifa. Hoje, o impacto da falta de chuvas e da necessidade do acionamento de térmicas, por exemplo, só é sentido pelo consumidor na época do reajuste da tarifa.

 

DISPLAY COM INFORMAÇÕES

O que não foi divulgado pela mídia nacional após o anúncio da Aneel, entretanto, é que quem detém a tecnologia dos “medidores inteligentes” é uma empresa de São Bento do Sul. A Ruthes Engenharia, estabelecida na Incubadora Tecnológica – no Centro de Gestão Empresarial –, foi contratada pela Lectron, de Florianópolis, para realizar o trabalho, pois não tem capacidade técnica para tal. A companhia da capital fará a produção e a comercialização. O diretor da empresa são-bentense, o engenheiro eletricista Edson Ruthes, 40 anos, conta que o projeto “é todo desenvolvido em São Bento do Sul”.

Em suma, o novo aparelho terá um display que mostrará uma série de informações, como consumo atual, consumo acumulado no mês, registros de quedas de energia, etc. Além disso, de acordo com Edson, poderá haver consumo na modalidade pré-paga. Exemplificando: o usuário poderá, de posse de um cartão, utilizar o sistema em uma casa de praia, gastando apenas o montante que, de fato, está consumindo. Outra possibilidade será a programação automática do corte ou religação da energia – neste caso em consonância com a Celesc.

O engenheiro eletricista destaca que o consumidor não terá custos, pois a mudança do medidor tradicional para o “medidor inteligente” será feita gratuitamente. Fora do horário de pico, o valor do kilowatt/hora pode ser de 30% a 40% menor. No horário de pico, a oscilação será mínima. Atualmente há cerca de sessenta milhões de medidores instalados no Brasil. A Aneel promoverá testes com lotes pilotos em algumas regiões do País, para depois expandi-lo Brasil afora. A Lectron pretende fabricar aproximadamente mil unidades/mês, a partir de 2012. O objetivo é chegar às quarenta mil unidades mensais dos “medidores inteligentes”.

 

PRÊMIOS

A Ruthes Engenharia existe há 2,5 anos e está incubada há um ano e meio, contando, além do diretor, com mais dois profissionais - André Pscheidt e Bilsan Cemin. A empresa eventualmente tem mais três funcionários à disposição, sob demanda. A empresa já ganhou inclusive um prêmio de incentivo do governo federal em 2009, investindo parte dos recursos em marketing, o que acabou lhe rendendo certa visibilidade. No ano passado, a Ruthes Engenharia conquistou outro prêmio, desta vez estadual. O diretor Edson Ruthes, formado pela Udesc de Joinville, já trabalhou em grandes companhias, como Weg e AT&T, por exemplo. O telefone da Ruthes Engenharia é o 3631-0521. O e-mail é o ruthes@ruthesengenaria.com.br.



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