A Vigilância Sanitária do Município interditou nesta terça-feira as cozinhas e o consultório de atendimento médico e odontológico do Presídio Regional de Joinville. A interdição foi determinada com base no relatório de uma visita feita por fiscais sanitaristas à unidade há cerca de duas semanas.
Segundo o fiscal Gean Carlos Kuhlkant, funcionários e detentos correm risco de intoxicação devido à falta de condições estruturais e de procedimentos mais adequados no manuseio e preparo dos alimentos nas cozinhas masculina, feminina e de funcionários.
—A maioria dos alimentos é preparada pelos próprios presos, que não têm curso ou muito conhecimento sobre os procedimentos. Também identificamos aberturas que deixavam os ambientes expostos a insetos e até mesmo a ratos—, aponta Gean.
Apesar de as cozinhas terem sido interditadas, os alimentos dos presos ainda poderão ser preparados emergencialmente naqueles espaços até que a unidade encontre uma alternativa para o fornecimento da comida. Por falhas estruturais, a sala reservada ao atendimento médico e odontológico dos internos também foi fechada.
A Vigilância Sanitária ainda apontou problemas de saneamento na rede de esgoto do presídio. A direção terá 60 dias para resolver os problemas. Segundo o diretor do presídio, Cristiano Teixeira da Silva, as restrições impostas pela Vigilância Sanitária já foram comunicadas à Secretaria do Estado de Justiça e Cidadania.
—A terceirização da alimentação já estava nos nossos planos. Agora, a busca por uma parceria precisará ser agilizada. Estamos à espera de providências do Governo do Estado. O espaço de atendimento médico e odontológico ficará fechado, mas a maioria desses atendimentos já era feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS)—, justifica.