Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
20/11/11 Dom: Ez 34,11-12.15-17 – Sl 22 – 1Cor 15,20-26.28
EVANGELHO: (Ler na Bíblia Mt 25,31-46)
O Evangelho de hoje é bem conhecido. Jesus fala do juízo final e universal. Aquele juiz que, então, aparecerá como rei glorioso, mostra-se hoje nos pobres, excluídos, abandonados, esquecidos. “Quando, Senhor, te vimos faminto, ou sedento, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou prisioneiro...? O Senhor, então, responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ Um pouco antes, no evangelho de Mateus, os discípulos missionários fazem um pedido a Jesus: ‘Dize-nos quando vai acontecer isso, e qual vai ser o sinal da tua vinda e do fim do mundo’. O evangelho de hoje responde com exatidão – embora de maneira surpreendente – àquela pergunta dos discípulos missionários sobre o ‘quando’ e sobre os ‘sinais’. O capítulo 25 de Mateus, de fato, contém três respostas – como que três ‘passos’ – sobre o que precisa ser feito ‘agora’ em vista do ‘fim’: é preciso comprar o óleo, que consiste em ‘redobrar’ o dom de amor recebido, amando Jesus nos irmãos mais pequenos. O julgamento que o rei – Jesus, em sua condição glorificada – fará de nós no ‘fim’ é o mesmo que nós faremos dos pobres ‘agora’. Na realidade, nós é que O julgamos, acolhendo-o ou rejeitando-o. Ele não fará senão constatar o que nós fizemos. No fim, lerá aquilo que nós mesmos escrevemos. Ele no-lo diz agora, para abrir os nossos olhos, de modo que, mudando o olhar, mudemos de vida.
O evangelho de hoje é um resumo poderoso do evangelho de Mateus: somos julgados por aquilo que fazemos ao outro. Qualquer outro é sempre o Outro. O primeiro mandamento é semelhante ao segundo. Afinal, o Senhor mesmos se fez nosso próximo e está sempre conosco sob o sinal do Filho do Homem, que é o mesmo sinal de Jonas: o do Crucificado, que tem o rosto de todos os condenados da terra. Deus, de fato, como diz João, é amor, e o amor abraça tudo e a todos. O amor a Deus se exprime no amor ao próximo, e o amor ao próximo se sustenta no amor a Deus. Um místico espanhol, São João da Cruz, resumiu tudo isso em poucas palavras: “No fim, no crepúsculo da vida, seremos julgados pelo amor”. Pelo amor com que tivemos a Deus. Pelo amor que tivemos dado a Jesus nos pobres. Pelo amor, que é o próprio Deus. Tudo o mais é palha que o animal come e o fogo consome!
Celebrando a Solenidade de Cristo Rei do Universo, a Igreja encerra o Ano Litúrgico. O projeto divino de não só criar os seres humanos, mas de torná-los participantes da própria vida divina, como filhos de Deus, atinge sua consumação em Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho do Homem, Senhor do mundo e da história. Deus atingiu a sua meta; a humanidade está glorificada em Cristo; a história terminará positivamente; temos razão para crer, amar e esperar. E enquanto esperamos a manifestação gloriosa de Cristo e do seu Reino, abrimos o coração e arregaçamos as mangas para construir a paz!
21/11/11 – Seg: Zc 2,14-17 – Sl 1 – Mt 12,46-50
22/11/11 – Ter: Dn 2,31-45 – (Dn 3) – Lc 21,5-11
23/11/11 – Qua: Dn 5,1-6.13-14.16-17.23-28 – (Dn 3) – Lc 21,12-19
24/11/11 – Qui: Dn 6,12-28 – (Dn 3) – Lc 21,20-28
25/11/11 – Sex: Dn 7,2-14 – (Dn 3) – Lc 21,29-33
26/11/11 – Sáb: Dn 7,15-27 – (Dn 3) – Lc 21,34-36
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