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Sindicato dos Mecânicos não aceita qualquer redução da dívida da Busscar com seus trabalhadores

Quinta, 17 de novembro de 2011

Joinville - A diretoria do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região se reuniu e já decidiu sua posição em relação aos créditos trabalhistas que os mais de cinco mil trabalhadores da Busscar tem a receber: não aceitará qualquer proposta de redução da dívida nos processos coletivos movidos pela entidade. A posição foi tomada em virtude da divulgação feita na imprensa por representantes da empresa de que apresentaria uma proposta neste sentido. Para o presidente do Sindicato, João Bruggmann, o sofrimento dos milhares de trabalhadores e suas famílias não pode ser esquecido, e que notícias largadas assim só servem para tentar confundir os trabalhadores.

 

“Os trabalhadores chegaram a passar fome com suas famílias, e o Sindicato inclusive realizou campanha de arrecadação de alimentos que foi prontamente atendida pela sociedade. Eles assumiram dívidas com bancos, perderam carros, motos, estão com o nome sujo na praça, tudo por que a Busscar não pagou o que lhes era de direito. Não é justo, e seria desumano até, pedir aos trabalhadores que abram mão do que lhes devem para ajudar a empresa agora, só agora, na recuperação judicial”, afirma Bruggmann. Ele ressalta ainda que todos deram seu suor e talento para render lucros ao negócio da Busscar, e o que receberam foi abandono, descaso, e não pagamento dos seus direitos.

 

“E tem mais. É só olhar a lista de credores, dos trabalhadores, lá consta que a acionista majoritária e seu filho se credenciaram para receber cerca de um milhão e meio! Isso só pode ser brincadeira e de mau gosto. Mas ainda bem que agora está bem claro como se administrava a empresa”, dispara o líder sindical. A entidade lembra também que os trabalhadores tem a preferência na lista de credores, e que isso também motiva a empresa a tentar criar um fato para facilitar a negociação com outros credores maiores, como bancos, fornecedores e outros.

 

O Sindicato assinala também que não pode intervir em processos que alguns trabalhadores entraram individualmente, e que orienta a todos que não abram mão dos seus direitos, de cada centavo da dívida que está sendo apurada. “Não temos o poder de interferir nesses casos, mas orientamos a todos para que não abram mão de seus valores, porque é injusto cobrar ainda mais de quem já ficou sem nada, mas que vai receber sim, na recuperação, na falência ou em leiloes, tudo o que a empresa deve”, destaca João Bruggmann. A posição da entidade representativa dos trabalhadores joga um balde de água fria na iniciativa midiática da Busscar via seus representantes na recuperação judicial.

 

Para finalizar, João Bruggmann assinala também que a decisão dos acionistas da empresa em pedir a recuperação judicial só aconteceu porque o leilão do parque fabril estava com data marcada para acontecer. “Lembramos que o leilão já tinha sido decretado, e graças às ações do Sindicato que iniciaram no início de 2010. Não fosse a ação firme do Sindicato, com grandes méritos ao nosso departamento jurídico, a novela que já virou filme longo demais, se transformaria em uma série de mau gosto, e sem fim”, conclui o presidente do Sindicato dos Mecânicos.



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