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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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A parábola dos talentos

Segunda, 14 de novembro de 2011

13/11/11 Dom: Pr 31,10-13.19-20.30-31 – Sl 127 – 1Ts 5,1-6

EVANGELHO: (Ler na Bíblia Mt 25,14-30).

É preciso ter cuidado para não transformar essa parábola na parábola do capitalismo, espontâneo ou elaborado. De acordo com aquela ética calvinista estudada pelo grande sociólogo alemão Max Weber em seu clássico A ética do protestantismo e o espírito do capitalismo, cada um deve fazer frutificar os talentos recebidos, a abundância de bens materiais é sinal da bênção divina, e a indigência, sinal de maldição. Essa interpretação – bastante plausível no campo da análise cultural e da história das idéias – se esquece de que, aqui, se trata de uma parábola, portanto, de uma comparação; consequentemente, ‘talento’ não é ‘talento’. Os ‘talentos’ não são qualidades ou bens a multiplicar. Representam, significam, simbolizam o mesmo ‘óleo’ do trecho precedente, que não é senão o amor aos pobres do trecho seguinte. O ‘talento’ é o amor que o Pai tem por mim que precisa multiplicar-se na minha resposta de amor aos irmãos. O amor que, em Deus, circula entre o Pai e o Filho é o Espírito Santo. O amor que, em nós, circula, seja em relação a Deus seja em relação aos irmãos, é o mesmo Espírito Santo. O Senhor, de fato, ‘partiu para longe’, primeiro, na cruz, depois, na glória. Mas conforme sua promessa, não nos deixou sozinhos. Deixou-nos seu Espírito e espera ser sempre amado por nós, para que possamos, no Espírito, tornar-nos como ele, filhos e irmãos. A sua partida, ao invés de dissolver a nossa identidade, a possibilitou, graças ao dom do Espírito.

Ele próprio continua sempre presente entre nós, não só nos ‘sinais’ do pão e do vinho, mas no seu ‘sinal’, os pobres. Ele ‘se escondeu nos pobres’. Já que ele habita nos pobres, tudo o que fazemos aos pobres é a ele que o fazemos, tudo o que deixamos de fazer é a ele que deixamos de fazer. Devemos fazer com eles o que Ele faz conosco. Se o talento é um ‘dom’ do amor recebido, o nosso amor por Jesus nos pobres é o talento que temos que ganhar. É assim que nos tornamos como ele e, com ele, podemos entrar na glória. Vigilância não é ócio, nem inércia, mas prontidão e ação. Não podemos nos enganar com a imagem do segurança de banco ou do vigia noturno. Parecem não fazer nada, mas estão atentos. A vigilância vira operação. Quem não investe o talento, perde; quem não ama não vive. O fracasso muitas vezes depende da falsa imagem que fazemos do Senhor. Se achamos que ele é bravo, mau e exigente, nossa relação com ele vai depender dessa imagem. Ao invés de ser uma relação de amor, torna-se uma relação legalista, medrosa e infrutífera. O medo é péssimo conselheiro. Ao invés de conduzir-nos à glória, nos empurra para as trevas. Ao invés de dar-nos a confiança para entrar no amor do Pai, nos faz correr para fora, para longe dele. A parábola dos talentos não quer nos fixar nessa atitude, mas, se estivermos nela, despertar-nos para, mudando nossa imagem do Pai, mudarmos nossa relação com ele.

 

14/11/11 – Seg: 1Mc 1,10-15.41-43.54-57.62-64 – Sl 118 – Lc 18,35-43

15/11/11 – Ter: 2Mc 18-31 – Sl 3 – Lc 19,1-10

16/11/11 – Qua: 2Mc 7,20-31 – Sl 16 – Lc 19,11-28

17/11/11 – Qui: 1Mc 2,15-29 – Sl 49 – Lc 19,41-44

18/11/11 – Sex: 1Mc 4,36-37.52-59 – (1Cr 29) – Lc 19,45-48

19/11/11 – Sáb: 1Mc 6,1-13 – Sl 9 – Lc 20,27-40


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