Florianópolis - Deputados, políticos, engenheiros, presidentes de associações, professores universitários e até a presença do tenista Gustavo Kuerten, movimentaram nesta segunda-feira (7), o plenarinho da Assembleia Legislativa, durante audiência pública que debateu o futuro da ponte Hercílio Luz. A presença e a participação de vários engenheiros, técnicos e especialistas foi fundamental para que todo o processo de recuperação e restauração da ponte fosse amplamente debatido. O engenheiro americano Khaled Mahmoud da Bridge Technology Consulting, um dos maiores especialistas no mundo em estruturas pênseis, deixou bem claro que o colapso da ponte é evidente e pode acontecer a qualquer momento. Segundo Khaled, o maior problema é o próprio peso da estrutura, que pode fazer com que ela desabe, sem prazo determinado para isso, “tanto pode ser hoje como daqui há dois anos, afirmou Khaled”. O debate também trouxe a tona a falta de investimento para a conclusão da obra. Segundo o secretário de Infraestrutura Valdir Cobalchini, no momento o estado não tem dinheiro para bancar o restante da reforma da ponte, nem manter o cronograma, já acertado. A ideia é buscar recursos federais, de maneira que não sobrecarregue mais o governo estadual. O presidente do Deinfra Paulo Meller, que ficou presente durante toda a audiência, também se manifestou favorável a recuperação da ponte. “ A ponte é um dos principais cartões postais de Santa Catarina e do Brasil, precisamos buscar altenartivas”, afirmou. Durante o encontro, vários presidentes de associações também se manifestaram. A maioria estava indignada com a falta de compromisso dos governos. Para o professor de arquitetura da UFSC, o engenheiro Roberto Oliveira, a descontinuidade dos governos, é altamente prejudicial ao país. O que acontece em Santa Catarina com relação a ponte é muito grave, afirma. A reforma da ponte Hercílio Luz é de responsabilidade do Consórcio Monumento, que tem como empresas gestoras, a Espaço Aberto e a CSA.
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