Pedro Alberto Skiba (Reticências)
Diretor do Jornal Evolução
Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil
Patrono da Associação Catarinense de Colunistas Sociais (ACCS)
Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi)
Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira de Colunistas Sociais (Febracos)
Diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet/SC)
Consul do Poetas del Mundo
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Há os que – e estes são maioria – afirmam que o tempo é o melhor remédio para todas as causas e que não possui contraindicações. Sei também que o assunto é polêmico, e aí é comigo mesmo. Por isso vou discordar. Começo pela data de 2 de novembro (Finados), em que os vivos reverenciam seus mortos. Lavar túmulos e sepulcros, encardidos, tirar o mato, tudo por conta do tempo em que ficaram abandonados e sem receber uma visita. Ah! Mas não são todos assim. A maioria. Há os que pagam pela manutenção, pela limpeza e que hoje irão acender uma vela, levar umas flores e que também serão consumidas pelo tempo. Orações? Isto é para quem tem fé e não aparecem frente à plateia nem enfeitam. São feitas em silêncio, transmitidas ao pé do ouvido de Deus, portanto sem eco audível aos outros mortais. Bom. Mas eu estava escrevendo sobre o tempo que cura. Será mesmo? Acredito que ele apenas ameniza. Como um analgésico, tem efeito passageiro. Acho mesmo que o tempo é cruel, pois ele apaga, mas deixa rastros, marcas, cicatrizes. Um ente querido que se foi, um amigo, ficam sempre as saudades, embora o tempo se encarregue de ir deixando ela cada vez mais distante, uma tênue lembrança. Age como uma borracha em nossas mentes, vai apagando letra por letra e de repente até aquela imagem vai se transportando como uma nuvem carregada pelo vento. Dizem que não há mal que sempre dure, nem bem que perdure. Um desamor, uma amizade desfeita. Uma separação. Tudo é uma perda. Ah! O tempo cura. Onde comprar este remédio, este bálsamo? Qual laboratório produz? Qual farmácia vende? Qual médico receita? Quantas vezes por dia e durante quantos dias? Tem efeitos colaterais? O tempo pode amenizar, mas o único que não tem cérebro e não esquece é o coração.
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Moacir Pereira publicou
“Deputados de SC perplexos com situação de Cuba” – Deputados Joares Ponticelli (PP), Edison Andrino (PMDB) e Volnei Morastoni (PT) participaram, em Havana, de reunião da Confederação Parlamentar das Américas, que destacou vários temas ligados ao setor saúde. Os três tomaram um susto com a situação que viram na capital cubana. Ponticelli declarou-se “estarrecido” com a situação socioeconômica que testemunhou em Cuba nesta primeira visita. E, mais perplexo, ao verificar a distância que separa a miséria da população nas ruas e os palacetes ocupados pelos dirigentes do PCC e do governo. Edison Andrino diz que também nunca viu nada igual no resto do mundo em matéria de pobreza e falta de perspectiva, mesmo admitindo que o setor saúde anda bem. Volnei Morastoni também tomou um susto com o que viu. Os três parlamentares tiveram direito a um city tour especial. Minha opinião: acredito que se estes deputados conhecessem melhor Santa Catarina e o Brasil também iriam ficar impressionados. Será que lá existem também aposentadoria de marajás por invalidez? Filas no SUS e políticos corruptos? Não precisa ir tão longe para ver as diferenças. Nos morros de Florianópolis, logo atrás da prédio da Assembleia, também existem diferenças gritantes. Quem responde?
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Esconde-esconde
Se a Secretaria de Segurança Pública e o governo do Estado continuarem brincando de esconde-esconde com a Polícia Civil, poderão ficar sem o pega-pega durante a Operação Veraneio. Já ouvi de delegados do Planalto Norte que, caso não tenham suas reivindicações atendidas, não irão ceder funcionários para a Operação Veraneio. Se isto chegar – e vai – nos ouvidos da grande imprensa, poderá interferir no turismo catarinense na temporada de praias.
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Enquete
No saite do Evolução, a pergunta “Você aprovaria uma coligação PP/PMDB para administrar São Bento do Sul?”. Até às 9:30 de ontem, 56,9% responderam “Sim” e 43,1%, não. Sobre o assunto conversei com o peemedebista e ex-prefeito Fernando Mallon, que me respondeu: “Como cabeça de chapa, até eu aceitaria”. Depois foi logo emendando: “É difícil você casar com uma mulher na qual não confia. Também quando dois divorciados pretendem se juntar e ambos têm muitos filhos para opinar fica mais difícil”. Com leitores e eleitores, a conclusão.
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Cadê?
“São Bento do Sul tem a indústria de móveis que mais emprega mão de obra, pelo modelo que foge do que se observa no Estado do Rio Grande do Sul. A medida inicialmente prevista pelo governo de desonerar, em parte, o encargos da folha de pagamento que empregam mão de obra intensa beneficiaria a maioria das indústrias que empregam muita mão de obra em nossa cidade. Quem solicitou a exclusão foram os grandes industriais do RS - Cadê a nossa voz? Representatividade?”.
Mario Nenevê - mneneve@uol.com.br (São Bento do Sul - SC)
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Aleluia
Os vereadores de São Bento do Sul, na reunião de segunda-feira, resolveram fazer alguns pronunciamentos e moções em favor da reivindicação dos policiais civis. Fico feliz, pois critiquei os mesmos pela ausência no dia da manifestação pública. Pelo menos agora usaram o plenário para hipotecar solidariedade. Está na hora das entidades de classe, clubes de serviços e demais também mostrarem apoio, seja através de ofícios, e-mails ou sinal de fumaça. O que não dá é para ficar omisso nesta hora e depois reclamar da segurança.
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O câncer de Lula
Interessante como sempre precisa acontecer uma grande tragédia ou a vítima ser alguma pessoa importante. Primeiro foi o Gianecchini que tomou conta dos noticiários, como se câncer fosse uma doença rara. Hoje, milhões de brasileiros têm. No mundo todo nunca se ouviu falar tanto nesta doença, que já é quase uma epidemia. Quanta gente ainda morre sem sequer ter sido diagnosticado. Claro que Lula é um líder mundial, nosso ex-presidente e o que teve até hoje maior índice de popularidade. Mas agora as televisões brasileiras não param de abordar o assunto, como se fosse uma raridade. Todo brasileiro já está sabendo o que é laringe e que fumar e beber em demasia provocam câncer. Menos mal. O que é preciso é respeito com o paciente e que todos os brasileiros sejam tratados com a mesma dignidade. Lembram da tenacidade, do exemplo e da fé do ex-vice de Lula, José de Alencar? Ouvi de uma médica que passou por esta situação que todo médico deveria passar por um câncer para rever sua sensibilidade e a maneira mais humana de tratar seus pacientes. Chocante, mas real. Também seria preciso que o ex-presidente enfrentasse uma fila de SUS e fosse levado para as sessões de quimioterapia em uma Kombi em outra cidade, espremido entre outros pacientes e quase vomitando as tripas. Talvez mudasse a forma de atendimento. De resto, merece respeito como qualquer ser humano que passou ou passa por esta situação.
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Pedradas do pedroca
- “Homens que querem ter uma alimentação saudável devem comer mulheres de fibra” (Ministério da Saúde adverte: excessos podem causar mal; certifique-se também da procedência e prazo de validade).
- “Antigamente os cartazes nas ruas, com rostos de criminosos, ofereciam recompensas. Hoje em dia, pedem votos”.
- E o Flávio Schuhmacher lembrou dos funcionários públicos no dia a eles dedicado. Publicou mensagem e assinou como vice-prefeito. Lindo! Emocionante. Deve ter conquistado um montão de votos.
- Mulher foi ao pronto socorro à procura do marido acidentado. Médico lhe diz: “Não se preocupe, da cintura para baixo ele está perfeito”. “E o resto?”, pergunta ela, angustiada. “Não sabemos, pois não trouxeram esta parte ainda”.
- Político ficha limpa é como papel higiênico. Quando não está enrolado está na merda.
- “Não é um partido político. É uma casa de tolerância”. Gedeel Vieira Lima (PMDB), ex-deputado e ex-ministro, ao falar do PSD. É o roto falando do rasgado. Como será que ele ficou fora da casa?
- “Há muita gente que presume honrar a sua rudeza, grosseria e incivilidade qualificando-as de franqueza, independência e amor da verdade”. (Marques de Maricá)
- Rodovia PR281 (Piên-Fragosos), com nova denominação: Via Gastronômica do Sexo. Precisam mudar as placas de sinalização com urgência... Principalmente as que alertam sobre buracos e curvas.