São Bento - Abandonar, maltratar, ferir ou mutilar animais é crime, podendo resultar em pena de um a três anos de prisão. Para minimizar esse problema, diversas ações são realizadas pelo departamento de Vigilância em Saúde, principalmente quando a saúde pública é colocada em risco. Dentre elas, destaca-se o atendimento às pessoas agredidas por animal, geralmente cachorros. No mês de setembro, esse número dobrou, passando de 6 atendimentos em agosto, para 12. Para minimizar o problema, o departamento investiga as denúncias e os animais doentes, sem dono e que apresentem risco à saúde pública são recolhidos e tratados.
Segundo a diretora Maria Hercília de Souza, os casos atendidos são de animais de rua que apresentem quadro agressivo, estejam doentes e ou acidentados. “Quando alguém liga relatando agressão numa pessoa, por exemplo, nos deslocamos ao local e prestamos os cuidados necessários, tanto à pessoa como ao animal”, explica, completando: “A pessoa é levada ao hospital para todas as providências cabíveis e um veterinário acompanha o animal por 10 dias para ver se não há nenhuma alteração”.
A diretora conta ainda que nos casos de animal doente e ou acidentado, todos os procedimentos são feitos, mas não é possível realizar o resgate do mesmo. “Primeiramente tentamos localizar o dono do animal, caso isso não ocorra, tratamos e após curado achamos um novo lar para ele, mas infelizmente não conseguimos achar para todos e devolvemos no mesmo lugar que o encontramos”, disse.
Saúde pública
Outra ação desenvolvida pelo departamento é o controle da sarna, onde os animais são encaminhados a uma clínica terceirizada e depois de curados são castrados e desverminados. “Na Vila São Paulo, por exemplo, dois cachorros foram atendidos com sarna, e isso ocasiona em sérios problemas de saúde público, pois a sarna é contagiosa. Qualquer pessoa que tocar num animal com sarna pode contrair a doença”, conta.
Posse responsável
“Na hora de escolher um animal, é preciso ter responsabilidades. A pessoa tem que saber que esse animal vai dar um gasto mensal, pode ficar doente, gasto com veterinário, ração e vacinas. Uma decisão precipitada resulta no abandono do bicho”, alerta Maria Hercília.
Para diminuir esse problema, que traz muito sofrimento para o animal e é um problema de saúde pública, agentes visitam as casas e orientam os proprietários sobre a Posse Responsável. O programa tem por objetivo apresentar para a comunidade a necessidade de manter o animal de estimação vivendo em condições de higiene, bem alimentado e protegido das condições climáticas. Maiores informações no Centro de Vigilância em Saúde, no telefone 3635-2228.