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Camburão para eles

Terça, 01 de novembro de 2011

Romeu Prisco (Direto da redação)

São Paulo (SP) - Diante das cenas a que assisti na semana anterior, envergonhei-me de, um dia, ter sido estudante universitário e de ainda ser paulista e brasileiro. Obviamente, aqui vai muita força de expressão, mas é o que de melhor resta para escrever, como nas ocasiões em que nada se encontra para falar, além de "obrigado".

"Revoltados" com o flagrante efetuado pela Polícia Militar a estudantes que portavam maconha no campus da USP, seus colegas partiram para um revide selvagem, atacando os policiais com pedras, destruindo suas viaturas e agredindo jornalistas. Não satisfeitos, ocuparam o prédio da Faculdade de Filosofia e, de sobra, numa cena estarrecedora, atearam fogo nas bandeiras paulista e brasileira !

Reações criminosas e indesculpáveis, ainda que o porte e uso de maconha fossem permitidos nas dependências da USP. Agora pretendem a demissão do reitor da universidade e o rompimento do convênio com a PM, para patrulhamento do campus.

Não sei qual terá sido o desfecho dessa situação, quando este texto for publicado. Como qualquer cidadão indignado, pagador de impostos, que também ajudou a construir a maior cidade universitária do país, julgo-me no direito de analisar os fatos e propor soluções. Desde logo, declaro ver nesse pretenso "movimento estudantil" mais uma boçalidade da militância esquerdista, a mesma que poderá (eu disse "poderá") produzir o futuro presidente da UNE e, posteriormente, o titular de um Ministério do Governo Federal. O que me faz crer assim ? O velho e surrado discurso "anti-imperialismo e antiditadura" das lideranças dos vândalos.

Encapuzados, os desqualificados estão acampados dentro do prédio da Faculdade de Filosofia. Pois bem, numa medida justa e soberana, compatível à conduta de marginais, caberia às autoridades policiais paulistas, com tropas de choque, cercar aquele prédio, cortar o fornecimento de água e luz e aguardar a saída dos "amotinados", sem capuzes, enfileirados, com as mãos cruzadas na nuca, entrando diretamente no camburão de presos.

Ato contínuo, passar-se-ia ao rompimento do convênio, não aquele estabelecido com a Polícia Militar, porém aquele estabelecido com os universitários envolvidos, alguns até moradores gratuitos na USP. Rua com eles, principalmente os incendiários de símbolos nacionais, um desrespeito jamais visto, como se se tratasse da queima de bandeiras de times de futebol, em briga entre fanáticos e ignorantes torcedores adversários.

O que aconteceria a um "troglodita" policial militar que, publicamente, desrespeitasse o maior símbolo nacional? De acordo com o artigo 161 do Código Penal Militar, estaria sujeito à pena de 1 (um) a 2 (dois) anos de detenção. O que acontecerá com os jovens universitários, cultos e patriotas, que atearam fogo nas bandeiras paulista e brasileira ? Nada. Num cochilo imperdoável dos legisladores, as normas de segurança nacional e de ordem política e social são omissas, eis que o ato, agora atípico, deixou de configurar até contravenção penal, não se encontrando elencado, sequer como "proibitivo", no artigo 31 da Lei n. 5700, de 01.09.1971. O delito fica apenas no âmbito de dano à coisa alheia.

Para quem não sabe, "ocupar a USP" já adquiriu status de movimento organizado, com direito a "sites" e "blogs", contendo troca de mensagens das suas atividades. Qualquer semelhança com grupos à margem das leis é mera coincidência. Entretanto, toda população ordeira, a mídia e demais interessados, cada um à sua maneira, como ora faço, deveriam repudiar veementemente aquele acinte. Ainda mandaria aos estudantes da USP o seguinte recado:

"Vocês não são os proprietários da USP, para nela fazerem o que bem entenderem. A entidade constitui patrimônio do povo paulista e brasileiro, que tem todo o direito de zelar pelos seus bens materiais e imateriais, inclusive pelos símbolos nacionais. Vocês são meros usufrutuários. Como tal, exigimos que se comportem, cumprindo suas obrigações e mantendo, em nosso nome, a boa imagem da instituição, não promovendo internamente atos de vandalismo, conservando na íntegra as instalações acadêmicas e respeitando as autoridades públicas civis e militares.

Esperamos que não aconteça nova oportunidade para queima de bandeiras. Porém, se acontecer, lembrem-se de manifestar a sua revolta ateando fogo somente nos estandartes de cor vermelha, ornamentados com uma foice e um martelo, ou com estrelas amarelas, ou com inscrições e siglas de entidades de classe. Preservem e honrem os pavilhões da terra que lhes ensejou participarem da sociedade como hóspedes privilegiados."

P.S. Formei-me na PUC/SP e os meus dois filhos na USP. Sou reservista de 1ª. categoria. Apenas por exagerar na comemoração da minha baixa no serviço militar, fui severamente punido. Se tivesse ateado fogo na bandeira nacional, amargaria longo período no xadrez do quartel.



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