Rio Negrinho - Uma nova empresa, do ramo de papel, vai se instalar no Distrito de Volta Grande: é a Indústria Papeleira Planalto. De início, serão oferecidos cem novos empregos diretos e aproximadamente 300 indiretos. A previsão é que em fevereiro inicie a construção da fábrica, que ocupará uma área total de quase cem mil metros quadrados.
A produção será de papel toalha, papel higiênico em rolos grandes e papel Tissue (sanitário) para empresas e hospitais. A projeção média para a produção é de 60 toneladas por dia, podendo atingir até 72. No início, a empresa deve fabricar uma média de 45 toneladas com uma meta de dois milhões de reais de faturamento inicial.
Atualmente, a empresa está na fase de legalização da documentação. A previsão da construção total da fábrica é de oito meses a um ano. A montagem da estrutura e da máquina serão feitas por empresas rio-negrinhenses.
Os empresários e representantes da indústria, Rui Basto, do setor industrial, e Reginato Perini, da área financeira e administrativa, explicaram que a escolha de Rio Negrinho foi motivada pelo baixo custo da energia elétrica, da lenha e do grande incentivo fiscal da Prefeitura.
O prefeito Osni José Schroeder salientou que a instalação vai movimentar a região do distrito. “Estamos resgatando aquela região. Era necessária a implantação de uma nova empresa lá”, comentou.
De acordo com levantamentos da empresa, que atenderá Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a mão-de-obra local é totalmente qualificada para as necessidades. Os empresários também destacam que a nova empresa não será concorrente com a CVG Companhia de Papel porque é institucional e não comercial.
“É uma revolução muito forte. Em breve, vamos dobrar o movimento econômico de Volta Grande”, enfatizou Osni.
EMPRESA SUSTENTÁVEL
O projeto da indústria é completamente auto-sustentável. Parte da matéria-prima para a produção será de papel reciclável. A água utilizada na produção dos produtos será totalmente reaproveitada numa estação de tratamento que também será construída pela empresa. O lixo gerado irá para um digestor que produzirá material inerte (que poderá ser usado em aterramentos), óleo pesado, que será utilizado na caldeira, e gás para o refeitório. A indústria anseia o Selo Verde, disponibilizado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para empresas totalmente limpas.