Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Após abertura de inquérito Orlando Silva deixa o Ministério do Esporte

Quarta, 26 de outubro de 2011

 


 

Pressionado pelo Supremo Tribunal Federal e depois da enorme onda de novas denúncias, o ministro decide entregar o cargo à presidenta Dilma nesta quarta-feira.


Brasília (DF) - A situação de Orlando Silva piorou muito no Palácio do Planalto depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu abrir um inquérito para investigar as acusações feitas de possíveis desvios de recursos do programa Segundo Tempo,  segundo avaliação de fontes do Palácio do Planalto ouvidas pela Reuters e as de novas denúncias sobre irregularidades no Ministério do Esporte. Pressionado, o ministro Orlando Silva decidiu  acatar o pedido feito pelo Palácio do Planalto e entregar o cargo.

Orlando Silva

Pressionado, o ministro Orlando Silva decidiu entregar o cargo nesta quarta-feira

Após a decisão do STF, a situação política de Silva se complicou muito. Essa avaliação foi compartilhada na conversa que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, teve com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, na ultima terça-feira. A conversa serviu para análise da evolução do quadro político e da relação do governo com o PCdoB.

Segundo um auxiliar do Palácio do Planalto, ter um ministro na condição de investigado pelo STF não agrada a presidente Dilma Rousseff.

Líderes de partidos já estavam cientes da provável demissão desde a última terça-feira, embora, não houvesse garantias de que a saída aconteceria de fato na manhã desta quarta-feira.

Orlando Silva ainda reafirmava sua inocência a presidenta Dilma e disse que a sua saída do comando do Ministério será melhor para o Brasil. Na manhã desta quarta-feira, já circulava a informação de que a saída de Orlando Silva era iminente e que Dilma deveria decidir seu destino ao decorrer do dia. A expectativa é de que o ministro deixe o governo, mas a decisão ainda não foi tomada, contudo Orlando Silva deve entregar a sua carta de demissão às 15h desta quarta-feira nas mãos da presidenta.

O clima já não é o mesmo da última sexta-feira, quando a presidenta decidiu manter Orlando Silva no cargo. Com a noticia de que a presidenta Dilma Rousseff já garantiu que os comunistas seguem com direito ao ministério, o nome de consenso do PCdoB para substituí-lo é o de Aldo Rebelo, ex-ministro de Relações Institucionais do governo Lula.

Abertura do inquérito

Uma fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que o governo não esperava que a ministra Carmen Lúcia fosse tão célere ao analisar o pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O pedido de Gurgel foi encaminhado na última sexta-feira à Suprema Corte, e na ultima terça a ministra pediu informações ao Tribunal de Contas da União, à Controladoria-Geral da União e ao Ministério do Esporte sobre os procedimentos administrativos já abertos para apurar possíveis desvios de recursos públicos nos convênios do programa Segundo Tempo.

A ministra só não autorizou o procurador-geral a colher depoimentos de Silva, do governador do Distrito Federal e ex-ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, e dos envolvidos nas recentes denúncias de desvios veiculadas pela mídia.

Ela prefere analisar um outro inquérito que está em poder do STJ sobre supostos desvios do programa Segundo Tempo enquanto Agnelo era ministro.

Agnelo pertencia ao PCdoB quando comandava o ministério, mas posteriormente se filiou ao seu atual partido, o PT, e se elegeu governador.

Silva está na berlinda há pouco mais de uma semana quando o policial militar João Dias Ferreira disse à revista Veja que o ministro é o coordenador de um esquema de desvio de recursos públicos dos convênios do programa Segundo Tempo e que havia inclusive recebido propina na garagem do ministério.

Até agora, o PM não apresentou provas e ele é investigado pela Polícia Federal por desviar recursos de um convênio com a pasta.

Silva negou todas as acusações e disse que o acusador era um “desqualificado” que o estava atacando porque o ministério cobra dele a devolução de mais de R$3 milhões por não cumprir convênio assinado com a pasta.



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA