Seul, Coreia do Sul - Santa Catarina deu mais um importante passo para exportar carne suína para a Coréia do Sul nesta terça-feira (25). Em audiência com a Agência Sanitária nacional, o governador Raimundo Colombo recebeu a notícia de que o Governo coreano dará um posicionamento sobre a análise de risco da situação sanitária do Estado no dia 10 de novembro. O procedimento é um passo anterior à decisão de importar ou não a carne suína produzida em Santa Catarina. Colombo foi acompanhado do presidente da Cidasc, Enori Barbieri e do secretário de Assuntos Internacionais, Alexandre Fernandes.
Durante a reunião, a comitiva catarinense apresentou todos os elementos sobre o sistema sanitário do Estado que restavam para a decisão do Governo da Coreia do Sul. O governador Raimundo Colombo entende que a sinalização da Agência Sanitária é positiva, mas a resposta só será conhecida realmente no próximo mês. “A visita aqui informou, aproximou os dois governos e facilitou a negociação. Nós temos uma expectativa muito positiva do resultado”, revela Colombo.
Se a decisão do Governo coreano for positiva, o próximo passo a ser dado é a assinatura do acordo sanitário entre Santa Catarina e a Coreia do Sul. De acordo com o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, o Estado só deve começar a exportar carne suína a partir de 2012. “Estamos com as negociações bem encaminhadas e essa reunião de hoje demonstrou a confiança que os coreanos têm no Estado de Santa Catarina, que é único do Brasil livre de febre aftosa sem vacinação”, exalta Barbieri.
A Coreia do Sul é o terceiro país que mais importa carne suína, atrás apenas do Japão e da Rússia, com 400 mil toneladas/ano. Presente na comitiva catarinense, o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Soares Machado, estima que Santa Catarina possa conquistar US$ 100 milhões com as negociações. “Queremos conquistar 10% do mercado e exportar 40 mil toneladas anualmente. Como o preço da tonelada da carne suína é de US$ 100 milhões”, explica Machado, que elogiou a presença do governador Raimundo Colombo frente à negociação, já que o Governo coreano só negocia com autoridades públicas.