Espécie foi flagrada pelo jornal no Parque 23 de Setembro
São Bento – A Reportagem do Evolução flagrou, na terça-feira, por volta das 13:00, no Parque 23 de Setembro, região central de São Bento do Sul, uma fêmea do surucuá-variado (Trogon surrucura). De acordo com o WikiAves (www.wikiaves.com.br), saite que reúne mais de 359 mil fotos de mais de 1,7 mil espécies, o surucuá-variado alimenta-se de insetos, vermes, moluscos e frutas (especialmente do palmito-jussara), e mede aproximadamente 26 centímetros de comprimento. A ave possui duas subespécies, conforme a mesma fonte: a Trogon surrucura surrucura, que possui a barriga vermelha, e a Trogon surrucura aurantius, que possui a barriga alaranjada. O macho do sucuruá-variado tem cores diferentes das da fêmea (a registrada pelo jornal), apresentando o peito amarelo e as costas com detalhes que variam do verde ao azul, do branco ao cinza.
ATLAS
No WikiAves existem fotos – enviadas pelos próprios internautas-fotógrafos – ainda do surucuá-de-barriga-amarela, do surucuá-grande-de-barriga-amarela, do surucuá-de-barriga-vermelha, do surucuá-de-cauda-preta, do surucuá-de-coleira, do surucuá-mascarado, do surucuá-pavão, do surucuá-pequeno e do surucuá-violáceo. O ambientalista Henry Henkels, de posse do atlas “As Aves em Santa Catarina”, publicação da Fatma, cita que, além do surucuá-variado, constam em São Bento do Sul também o surucuá-de-barriga-amarela e o surucuá-dourado (como também é chamado o surucuá-grande-de-barriga-amarela). Este segundo, conforme ele, é uma “espécie rara em Santa Catarina”.
25 DE JULHO
O nome da ave remete ao local do bairro 25 de Julho popularmente conhecido como “Beco Surucuá”. O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Edi Salomon, questionado pelo Evolução se a denominação tem alguma ligação com a ave, disse que aquela “era a região onde mais tinha surucuá em São Bento do Sul”. O prefeito Magno Bollmann, por sua vez, também afirma que o local tem este nome devido à ave. Conforme Magno, a presença de determinadas aves em São Bento – inclusive o surucuá – deve-se à existência de “muitos corredores ecológicos”, ou seja, quando não há “descontinuidade das florestas nativas”.