Por conta de um colapso os usuários de BlackBerryficaram três dias sem os serviços de mensagens instantâneas e e-mail
Advogados de direito ao consumidor disseram estar estudando se existem queixas comuns contra a fabricante doBlackBerry que poderiam ser agrupadas em um processo coletivo.
Embora a paralisação da rede não tenha atingido a gravidade de um medicamento perigoso ou alimento contaminado, causou inconveniências e irritação aos usuários.
Clientes frustrados do Blackberry recorreram a blogs, fóruns online, Twitter e Facebook para se queixar da perda de e-mails importantes e de reuniões na semana passada.
Escritórios de advocacia estão estudando processos por violação de contrato ou fraude contra o consumidor, disseram advogados.
Uma alegação de violação de contrato poderia tomar por base o fato de que a empresa falhou em sua obrigação como provedora de serviços de comunicação, e poderia incluir operadoras que vendem serviços BlackBerry aos seus assinantes como co-acusadas, disseram advogados que estão estudando a possibilidade de processos contra a RIM.
Já uma alegação de fraude contra o consumidor teria por foco supostas alegações enganosas quanto à confiabilidade das redes da RIM.
Mas os consumidores enfrentam obstáculos quanto à obtenção de grandes indenizações. Seria provavelmente difícil provar danos que vão além da perda de serviço, e a variação nas leis estaduais norte-americanas torna remota a possibilidade de transformar esses casos em ação coletiva.
Ainda assim, alguns usuários podem optar por levar adiante os processos.
- Nessa situação, só tivemos a perda de uso (do BlackBerry) e por isso os escritórios especializados em ações coletivas não estão correndo para os tribunais agora- , disse Jay Edelson, sócio no Edelson McGuire, escritório de advocacia de Chicago que representa alguns clientes insatisfeitos.
- Mas certamente existem consumidores motivados a autorizar o uso de seus nomes para garantir que problemas semelhantes não voltem a acontecer- , completou o advogado.