Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
16/10/11 Dom: Is 45,1.4-6 – Sl 95 – 1Ts 1,1-5b
EVANGELHO: (Ler na Bíblia Mt 22,15-21).
A palavra mais importante do Evangelho deste domingo é a sabia, paradoxal e conhecida resposta de Jesus aos seguidores dos fariseus e seus cúmplices os herodianos: “Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. A pergunta preparada pelos fariseus era uma armadilha. Qualquer resposta ‘simplista’ que Jesus tivesse dado, cairia na arapuca armada por seus adversários. Se dissesse que deveria pagar o imposto aos opressores romanos, colocaria o povo contra si; se dissesse que não, estaria contestando a autoridade dos ocupantes romanos. A resposta de Jesus não evita a pergunta. Como aquele cardeal que tinha que responder umas das perguntas em uma hora e meia, e gastou mais de uma hora para responder a menos comprometedora de todas e, depois, não sobrou tempo para responder as demais! O que Jesus sabiamente faz é colocar o problema num outro nível, pondo a pergunta fundamental: o que significa dar a César o que é seu, e dar a Deus o que é de Deus? Qual a relação entre o poder do Filho do Homem com o poder dos poderosos do mundo? O que cabe a César, se tudo é de Deus? Duas coisas devem ser levadas em conta se quisermos entender a resposta de Jesus. Primeira: é que Deus não dispensa o ser humano das suas responsabilidades; Segunda: é que o seu poder não compete com o nosso, pois é dom, amor e serviço e não apropriação, violência e dominação! A relação entre a autoridade de Deus e a do poder terreno é um campo minado. Está a ilustrá-la a relação difícil entre os profetas e as instituições. A desconfiança entre Estado e Igreja é também uma constante; os motivos vão da perseguição por causa da fé, da justiça e da liberdade ou de objetivos menos nobres, como defender os próprios interesses, conquistar ou manter privilégios, omitir-se por comodidade ou subornar-se um ao outro. Em todas essas situações, quem paga é o povo! “Só quem dá a Deus o que de Deus, sabe o que deve dar a César. O que é de Deus, o fruto do qual o Pai tem fome, é a liberdade dos filhos e o amor entre os irmãos. Quem procura isso encontra resposta também para o resto”. Historicamente, a resposta de Jesus foi interpretada de diversas maneiras, difícil de avaliar. A – ‘Separação’ entre esfera temporal e espiritual, sem interferência de uma na outra. B – ‘Aliança’ entre trono e altar, de modo que um sustenta o outro. C – ‘Confusão’ ou ‘mistura’: o Estado é sacralizado, e a Igreja, mundanizada. D – ‘Dependência’ do Estado em relação à Igreja, ou da Igreja em relação ao Estado, alternando integralismo ou dominação. Ao invés, porém, de condenar o passado, o certo e útil é descobrir neles a raiz dos nossos! Na verdade, é preciso dizer, ao mesmo tempo, uma reflexão antropológica e uma reflexão teológica. O ser humano é relação. Como diz Aristóteles, é animal social e político, que necessita e só se realiza organizando-se em sociedade, em convivência estruturada com os outros.
17/10/11 – Seg: Rm 4,20-25 – (Lc 1,69-70.71-72.73-75) – Lc 12,13-21
18/10/11 – Ter: 2Tm 4,10-17b – Sl 144 – Lc 10,1-9
19/10/11 – Qua: Rm 6,12-18 – Sl 123 – Lc 12,39-48
20/10/11 – Qui: Rm 6,19-23 – Sl 1 – Lc 12,49-53
21/10/11 – Sex: Rm 7,18-25a – Sl 118 – Lc 12,54-59
22/10/11 – Sáb: Rm 8,1-11 – Sl 23 – Lc 13,1-9
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