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Imóveis de luxo em Miami têm seduzido cada vez mais catarinenses

Domingo, 02 de outubro de 2011

 

Preços dos imóveis na cidade americana desvalorizaram até 70% desde a crise de 2008

Alessandra Ogeda | alessandra.ogeda@diario.com.br

Cada vez mais catarinenses estão escolhendo o sol, as praias, a segurança e as ótimas opções de compra de Miami como quintal de casa.

Com a desvalorização dos imóveis nos Estados Unidos após a bolha imobiliária e a crise de crédito e financeira que eclodiram em 2008, muitas propriedades no sul da Flórida se tornaram um negócio mais vantajoso do que as alternativas disponíveis no Brasil.

Até o ano passado, os corretores de imóveis que atuam nos Estados Unidos estavam acostumados a fazer negócios com paulistas, cariocas e mineiros. Mas, de lá para cá, começaram a aparecer mais compradores da Região Sul, inclusive catarinenses.



De olho neste mercado e utilizando a experiência de pesquisa para a compra de um apartamento próprio em Miami, Tatiana Rosa sugeriu para a família, proprietária da construtora Embraed, de Balneário Camboriú, a criação da Embraed Miami. Surgida no início deste ano, a empresa presta consultoria para quem tem vontade de comprar um imóvel na cidade litorânea americana. Ajuda não apenas na procura do imóvel, mas a conseguir o financiamento - se for necessário - e a solucionar as questões jurídicas envolvidas no processo.

Durante um ano, entre o final de 2009 e o do ano passado, Tatiana, diretora executiva da Embraed Miami, fez pesquisa em 15 prédios em Miami e bateu o martelo na compra de um apartamento em outubro. Na época, o empreendimento tinha 50 unidades à venda. Quando uma cliente da recém-criada Embraed Miami quis comprar um apartamento no mesmo prédio, em maio deste ano, o número de unidades vagas tinha caído para 17.

Número de imóveis disponíveis diminui em Miami

O número de imóveis disponíveis em Miami e nas cidades vizinhas está diminuindo velozmente. De acordo com Jeremias Rodrigues, diretor da imobiliária que leva o seu nome e é especializada em propriedades de alto padrão, em 2009 havia pouco mais de 20 mil apartamentos à venda em Miami. Hoje esse, número não passa muito de 3 mil.

O representante do Brasil na Associação Nacional dos Corretores dos EUA, Marco Fonseca, calcula que até 60% dos imóveis na cidade estão sendo adquiridos por estrangeiros - especialmente os brasileiros. Segundo Rodrigues, nos últimos 12 meses, os brasileiros injetaram US$ 1 bilhão na compra de imóveis em Miami - a maior quantia feita por uma nacionalidade estrangeira.

Uma explicação para isso é que as pessoas estão pagando até 60% ou 70% menos por um imóvel agora, se comparado com o preço de tabela praticado no período pré-crise, revela o consultor imobiliário João Carlos Moraes, da Embraed Miami.

Trabalhando há cinco anos no mercado norte-americano, Moraes afirma que os compradores estão pagando o valor que os empreendedores colocaram nos projetos em 2006 e 2007.

Valor no Brasil aumenta e nos EUA, diminui

Enquanto, nos Estados Unidos, os imóveis passaram a ser vendidos por metade ou até mesmo um terço do valor que tinham em 2008, em algumas regiões brasileiras eles dobraram de valor nos últimos 48 meses, segundo Jeremias Rodrigues.

— A diferença chega a ser assustadora. E com o dólar baixo, registrado até o mês passado, ela ficou ainda mais acentuada — avalia.

De acordo com Rodrigues, na medida em que imóveis de luxo em SP custam mais de R$ 20 mil o metro quadrado e, no Rio, entre R$ 35 mil e R$ 38 mil, há oportunidades de negócio em Bay Harbor, uma das regiões mais sofisticadas e caras de Miami, que custam US$ 4 mil o metro quadrado (cerca de R$ 7,24 mil).

— Há lugares famosos em Santa Catarina, como Jurerê Internacional (em Florianópolis) ou Balneário Camboriú que também saem mais caros do que algumas opções em Miami.

Um apartamento no Edifício Diamond Hill, de frente para o mar na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, custa cerca de US$ 1,5 milhão (R$ 2,7 milhões), o mesmo que uma unidade no Jade Oceans, em Sunny Isles Beach, e mais do que um apartamento no Trump Towers, na mesma cidade do sul da Flórida. Em Florianópolis, na Avenida Beira-Mar Norte, um investidor pode pagar R$ 2,5 milhões por um apartamento - o mesmo ou mais do que por uma casa em Miami.

Pagamento pode ser à vista

Dependendo do negócio que for fechado em Miami, o pagamento terá que ser feito à vista. Isso porque, segundo o corretor Luciano Tedesco, há 14 anos atuando nos Estados Unidos, os bancos não dão financiamento para imóveis que custam até US$ 150 mil. A partir deste valor, eles costumam exigir o pagamento de 40% do custo do imóvel de entrada e o restante pode ser financiado em até 30 anos - com juros fixos entre 3,5% e 5% por ano nos primeiros cinco anos. Depois deste período, a taxa pode variar, mas não costuma alterar muito, segundo Rodrigues.



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