SENAI/SC realiza primeiro de três workshops internacionais temáticos

 
Evento divulga novas tecnologias e processos que podem aumentar a produtividade do setor metalmecânico

Florianópolis - Disseminar práticas e ações de instituições internacionais de referência por meio de workshops temáticos é um das linhas de ações do programa SENAI Mais Competitividade, lançado este mês pelo Sistema FIESC. O primeiro desses eventos iniciou nesta terça (27), em Joinville, e continua nesta quarta, com palestras de especialistas brasileiros e alemães da área de metalmecânica. O Workshop Internacional Novas Tecnologias Aplicadas ao Setor Metalmecânico reuniu em seu primeiro dia cerca de 340 profissionais e empresários na Associação Empresarial de Joinville (Acij). Os próximos workshops serão nas áreas ambiental/têxtil(outubro, em Blumenau) e alimentos (novembro, em Chapecó).

Na opinião do presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, que participou da abertura do evento, a previsão de um nova crise reforça a necessidade de melhorar a competitividade do país, já que a concorrência internacional será ainda maior. Por isso, o Sistema FIESC está canalizando esforços para que a indústria catarinense consiga aumentar as vendas juntamente com o aumento da produção.
O diretor regional do SENAI de Santa Catarina, Sérgio Roberto Arruda, também ressaltou a necessidade de ampliar a produtividade da indústria nacional, que nos últimos anos cresceu apenas 0,9%, enquanto a da Coreia teve aumento de 7,7%. Uma das soluções apresentadas por Arruda é de fortalecer as ações de inovação das empresas, proposta que integra uma das linhas de atuação do Programa SENAI Mais Competitividade.

"Nos últimos anos, o número de mestres e doutores cresceu, mas o número de patentes não. Isso mostra que é preciso aproximar a indústria com as instituições de ensino e pesquisa", propôs o diretor. Além do Workshop internacional, Joinville também está incluída no Programa SENAI Mais Competitividade com a proposta de criação de um Centro de Referência em Metalmecânica, para atender a demandas atuais e iminentes da indústria. Um exemplo desse apoio é o novo serviço de microusinagem, que trabalha com nanoprecisão e permite fazer furos em um fio de cabelo. O equipamento será o segundo existente no país e usado na prestação de serviços para empresas nacionais.
Cadeias produtivas
Na palestra de abertura do Workshop Internacional Novas Tecnologias Aplicadas ao Setor Metalmecânico, proferida pelo chefe do Departamento de Processamento de Materiais a Laser Instituto Fraunhofer de Tecnologia da Produção (Alemanha), Kristian Arntz, foram mostradas algumas iniciativa que podem otimizar a cadeia de processos produtivos. Uma das propostas de Arntz é da cooperação entre empresas ou instituições, quando uma delas não domina uma parte do processo ou as tecnologias nele envolvidas.
Ele também ressaltou a necessidade de avaliar a liquidez de um produto já durante seu projeto, para evitar que um longo financiamento da produção afete as margens das empresas. Do mesmo modo, o tempo ocioso dos produtos, parados entre um processo e outro, também representa uma oportunidade de melhoria para muitas empresas. "No atual cenário de concorrência internacional, entregar um produto em menor prazo e conseguir cumpri-lo é um diferencial", afirmou.
Sobre o SENAI Santa Catarina
Entidade integrante do Sistema FIESC, o SENAI/SC apoia a indústria com a formação de profissionais de nível técnico, superior (com cursos de tecnologia) e pós-graduação. Também oferece cursos de formação de aprendizes e de formação profissional inicial e continuada (qualificação e aperfeiçoamento), além de oferecer cursos sob demanda para empresas e instituições, inclusive na modalidade a distância.
Sua atuação também contribui para o aumento da competitividade da indústria catarinense por meio de consultorias a empresas e serviços laboratoriais (avaliação da qualidade e da conformidade, caracterização de matéria prima, ensaios de proficiência e materiais de referência certificada). Ao todo, foram realizados em 2010 cerca de 173 mil ensaios laboratoriais, 108 mil horas de consultorias ambientais, tecnológicas e em gestão, além de contribuir para que 532 indústrias captassem recursos de inovação. www.sc.senai.br