Pedro Alberto Skiba (Reticências)
Diretor do Jornal Evolução
Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil
Patrono da Associação Catarinense de Colunistas Sociais (ACCS)
Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi)
Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira de Colunistas Sociais (Febracos)
Diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet/SC)
Consul do Poetas del Mundo
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Também nunca é tarde para aprendermos, para refletirmos e fazermos um balanço de nossas vidas. Será que eu amei suficiente? Será que eu fui um bom exemplo? Será que eu servi? Será...? Será...? Quantos "será?" seremos capazes de responder? Teremos coragem de responder? Pois há poucas horas fiquei de frente com duas histórias que são verdadeiros testemunhos de vida, de resignação, de amor, dedicação, fé e de que nunca é tarde para começarmos. Lembram que Roberto Marinho começou a construir seu império das comunicações aos 60 anos de idade? Pois é! Os fatos que vou narrar são mais ou menos parecidos e talvez até mais ousados. Ao deixarmos a Missa de 7º dia em honra da memória do falecido João Goedert Neto e conversarmos com seus filhos - dos seis, cinco estiveram presentes -, noras, genros e netos, que justificaram a viagem, pois aqui seus pais viveram a maior parte de suas vidas e eles as suas infâncias - aqui era a casa deles, a igreja deles. Guto lembrava que seu pai, por quem foi celebrada a Missa, faleceu com 79 anos, e no ano passado formou-se em Administração de Empresas, após enfrentar os bancos de uma faculdade já septuagenário. Um cidadão que se poderia dizer realizado, filhos formados, netos já médicos e outros em fase de conclusão. Financeiramente um cidadão abastado e bem sucedido. Jango, como era conhecido pelos amigos, talvez um dos maiores benfeitores da Igreja Matriz Puríssimo Coração de Maria e outras capelas, fato lembrado pelo celebrante, padre Carlos - e que nunca fez questão de alardear suas boas ações. Já sua filha Lúcia Helena, que mora em Castro/PR, e que para cá também se deslocou, contava que seu sogro é padre. Lógico que levei um susto e não fugi de pedir mais detalhes. "Lembra quando do sepultamento do papai lá em Curitiba, um senhor magro e já de idade que concelebrou junto com os Arautos do Evangelho? - aliás, cerimônia tocante e belíssima que emocionou sem tristezas - perguntou ela. "Pois é, aquele é meu sogro, pai do meu marido". Maior ainda o espanto. E ela passou a narrar. "Meu sogro foi seminarista em Castro por 10 anos e depois foi para os Estados Unidos, onde ficou um ano e teve que retornar devido a uma doença. De volta à cidade, conheceu uma moça, com quem se casou, teve cinco filhos, um dos quais meu marido, e viveram juntos por 47 anos. No início do novo milênio ele viuvou e, sentindo-se só, voltou para o seminário, onde concluiu sua formação religiosa. Está com 81 anos de idade e ordenou-se padre com 79, apenas há dois anos. Possui onze netos e nenhum deles quer se confessar com o padre Juarez Teles, que continua em atividades na cidade de Castro", brincou ela. Também contou que o mesmo há mais de trinta anos só se alimenta de uma pequena porção de "papinha de neném", devido a um problema no estômago. Vive praticamente da fé e da religiosidade, história que já comoveu o Brasil e foi contada por Gisele Macedo Goedert (nora de Jango) em seu programa na TV Bandeirantes e foi notícia inclusive no Fantástico, da Globo. Duas histórias, dois exemplos de vida e que podem alavancar você, fazer levantar-se do sofá, deixar de reclamar da vida e ir à luta. Sua benção, padre Juarez. Descanse em paz, amigo Jango. Obrigado pelos seus exemplos e pelas famílias que formaram.
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Muito além dos supersalários - Brasil Dignidade
E o buraco negro continua sugando, sugando e sugando os seus direitos, o resultado do seu trabalho, em prol de alguns privilegiados que tudo podem. Veja mais alguns absurdos. E falam em "faxina"? Aonde? Se você se indignar com isto, acesse www.jornalevolucao.com.br e vote pelo fechamento definitivo do Senado. Se concordar com este absurdo, fique quieto e não reclame, talvez um dia você ou um dos seus se eleja senador e aí fica tudo bem.
Os supersalários garantidos pela Justiça aos "superservidores" do Senado nos custarão nos próximos cinco anos perto de R$ 75 milhões. Quase 500 milionários à custa do erário público, entre os quais não poderia faltar Sarney. Sem contar que isso reflete e refletirá no mais escandaloso sistema previdenciário do planeta que abarca estes cidadãos de primeiríssima classe. Mas isto é pouco para a classe dominante que conclama os despreparados a elegê-los, em especial nas "capitanias hereditárias" a norte e a nordeste do país, insuflando-os com palavras de ordem contra a presumível elite que somos nós que pagamos impostos, estudamos, educamos nossos filhos e contribuímos à previdência social toda uma vida. Uma rede de TV, em abril último, apresentou uma matéria sobre o hospital do Senado. Atende exclusivamente aos senadores, servidores e ex-servidores da Casa. Trata-se de um anexo com mais de 2.500 metros de área construída, distando cerca de um quilometro do Congresso. Possui um veículo exclusivo que circula continuamente para facilitar a ida e vinda dos "necessitados". Amplamente equipado, conta com 90 profissionais da área de saúde; 48 médicos das mais diversas especialidades e que recebiam perto de R$ 20 mil/mês. Aos 23 profissionais de ensino médio-enfermagem, radiologia, fisioterapeutas, a remuneração variava de R$ 14 mil a R$ 16,5 mil/mês. A grande maioria com apenas 20 horas de carga de trabalho/semanal (1/2 expediente). No ano de 2010, o gasto total dessa unidade hospitalar, de fazer inveja ao precaríssimo sistema de saúde público de Brasília, foi de R$ 3,5 milhões e pelo número de consultas realizadas, cada uma saiu ao custo médio de R$ 20 mil. Os servidores, únicos usuários, são os beneficiários a custa dos miseráveis sem saúde - os contribuintes, e raramente um senador aparece por lá. Os servidores são descontados simbolicamente em seus contracheques pelo uso dos serviços e que se completam com excelente rede conveniada. Os senadores nada pagam, e gozam do benefício de restituição de qualquer gasto que eles ou seus dependentes efetivarem - saúde médica ou odontológica, dentro e fora do Brasil. De acordo com o próprio saite do Senado, no primeiro semestre deste ano, foram gastos R$ 48.225.950,56 com despesas de reembolso e convênios de toda a ordem em serviços médicos e odontológicos, sendo a imensa maioria em Brasília. Isto corresponde a R$ 267.921,95 por dia; ou ainda a quase R$ 2.000,00/por cidadão de primeira classe do Senado (ativos e inativos) durante o 1º semestre de 2011, enquanto isso no mesmo período, o Mistério da Saúde dispendeu ao resto da nação - os "cidadãos de segunda" - R$ 141,90 (per capita). O blog do Movimento Cívico Brasil Dignidade (http://movimentobrasildignidade.blogspot.com/2011/09/muito-alem-dos-supersalarios.html) detalha as despesas médicas das excelências e de seus vassalos, vale a pena conferir, siga o link. Ainda no primeiro semestre de 2011, o Senado, um dos buracos negro do Tesouro Nacional, reembolsou a seus membros R$ 875.259,32 a título de auxílio funeral. A folha do Congresso mais caro do mundo nos primeiros seis meses desse ano foi de R$ 2,2 bilhões aos servidores ativos e mais R$ 1,3 bilhão aos inativos. Sem contar ao que advirá pelos atrasados à generosa concessão da Justiça Federal em que se relacione aos supersalários dos ativos, assim como pela decorrente equiparação e/ou correlação aos inativos. Vale ainda considerar o déficit ao Tesouro que os contribuintes, cidadãos de segunda classe (nós), que iremos suportar as soberbas aposentadorias dos cidadãos de primeira classe. Diante disso, e pela máxima que foi colocada à nação na sessão de submissão à moral de Jackeline Roriz: "A legalidade e o direito de alguns superam os padrões de moralidade da nação" - o que podemos esperar dos putrefatos defensores dos Poderes Republicanos instalado no governo lulopetista ?
Oswaldo Colombo Filho
Fonte de dados: Saite do Senado; Tesouro Nacional.
Jornais O Estado de S.Paulo 17/09/2011
Diário da Manhã - Goiás 16/09/2011