Florianópolis - Dois projetos para inclusão de deficientes na sociedade, inéditos no Brasil, foram lançados nesta segunda-feira (26), em Florianópolis. Através de modernos e didáticos programas, os alunos poderão ter a vida facilitada nas escolas catarinenses a partir de 2012, quando a distribuição será feita por parte do Governo do Estado. “O resultado deste trabalho vai ser muito bom, sobretudo do ponto de vista humano, de inserção e de qualidade de vida aos que necessitam deste atendimento especial”, avalia o governador Raimundo Colombo.
O programa Libras Brincando é uma maneira inovadora de ensinar libras às pessoas, lúdica e com uma estratégia pedagógica adequada. Os jogos, com animação de intérprete de libras e temas como frutas, alimentação, animais, cores e grau de parentesco, possibilitam o ensino online da língua brasileira de sinais a crianças surdas e ouvintes.
Em todo o Brasil, há 5,7 milhões de pessoas com audiência deficiência auditiva, sendo 520 mil jovens de até 17 anos e 56 mil alunos matriculados na rede de ensino básico. Um grave dado mostra que 26% dos jovens com menos de 17 anos não freqüentam as instituições de ensino. Em Santa Catarina, o programa vai atender a dois mil alunos de toda rede pública.
Segundo dados do Censo Escolar de 2008/2009, feito pelo Ministério da Educação, 55 mil alunos têm grave deficiência visual no país, sendo quase cinco mil cegos. Para facilitar o acesso ao conhecimento dos educandos, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) preparou o Manual de Adaptação de Livros Didáticos para Transcrição do Sistema Braille. O programa auxilia o docente a fazer a conversão de textos, de um código para outro, sem alterar o conteúdo original dos livros.
A publicação tem ilustrações coloridas e instruções de como deve ser o procedimento dos professores para atender as necessidades dos alunos com deficiência visual, em diferentes disciplinas. O livro será destinado a Centros de Apoio Pedagógico (CAPs), Serviços de Atendimento Educacional Especializado, instituições de ensino superior, educadores, pais e familiares dos educandos.
A presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Rose Bartucheski, analisa que poucas pessoas fazem este trabalho. “Nós queremos que haja um grande volume de pessoas fazendo esta adaptação para que se consiga imprimir mais obras e deixar à disposição. Essa é uma obra inédita e vai melhorar muito o ensino aos alunos deficientes”, conclui