O objetivo das charges – ou, em nosso caso, das fotomontagens – é divertir, mas, também, fazer pensar. Na semana de aniversário de São Bento do Sul, a população ganhou um presente que mexe diretamente com todos nós, afinal ninguém vive sem se alimentar. O Restaurante Comunitário é uma iniciativa importantíssima, louvável, digna de aplausos. Praticamente todos que foram almoçar no empreendimento aprovaram a ideia. Apesar do preço extremamente acessível – R$ 3,00 –, a comida está saborosa e não deixa nada a desejar, como conferiu a Reportagem do jornal. Escrevemos “praticamente todos” porque, claro, sempre há as exceções, inclusive as negativas. Teve gente que não gostou. Felizmente, é uma minoria, praticamente insignificante. Alguém que – fato! – reclamou de barriga cheia.
A imagem aí embaixo bem que poderia fazer esta pessoa pensar um pouco mais. Olhar ao seu redor. Olhar para o próximo. Analisar que, enquanto uns têm a capacidade de não se sentirem satisfeitos com uma refeição, outros estão, literalmente, morrendo de fome ou vivendo à base de migalhas. Além de cometer uma maldade extrema com quem não tem o mínimo para sobreviver, esta pessoa está cometendo uma violência consigo mesma, embora, talvez, não tenha dimensão disto. Muitos, inúmeros, vários seres humanos se contentariam, neste momento, com os restos e sobras do Restaurante Comunitário de São Bento do Sul. Por outro, existem “seres humanos” que jamais se contentarão com nada. Nem com um almoço farto, gostoso e barato.