Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
18/09/11 Dom: Is 55,6-9 - Sl 144 - Fl 1,20c-24.27a
EVANGELHO: (Ler na Bíblia Mt 20,1-16a)
Os primeiros serão os últimos, e os últimos os primeiros. Quem deixa tudo para trabalhar na vinha, vai receber uma grande recompensa. A recompensa é dom da graça feito a todos, a começar pelos últimos. Neste sentido, esta parábola destrói a lógica da posse e da pretensão: ninguém pode apresentar seus méritos para obter o que é puro dom da graça! A vinha é o povo de Deus, chamado a produzir os frutos do Reino: o amor a Deus e ao próximo. O Senhor não se cansa de vir e voltar ao nosso encontro para chamar-nos. O chamado é, na verdade, um convite contínuo. Os primeiros chamados, antes de tudo, Israel e a Igreja; os chamados, em primeiro lugar, estão em Israel e na Igreja. São como Jonas: entristecem ao ver que Deus é "misericordioso, clemente, longânime e pleno de amor". Vangloriam-se de seus bens espirituais, como o homem rico, de seus bens materiais. Perecem-se como o fariseu Paulo, que se gloriava de ser justo da justiça da Lei. Reprisam o irmão mais velho, que se enche de raiva ao ver que o pai é bom com o filho pródigo. Este evangelho, de fato, contém a essência do Evangelho de Mateus, como Lucas 15. Contesta a lógica do farisaísmo e do capitalismo, material ou espiritual. Não se opõe à lei ou à justiça, mas exalta a justiça. A lei e a justiça de Deus estão num nível mais profundo do que a nossa lei e nossa justiça: sua fonte é o amor e a liberdade; sua retribuição supera todo mérito. Não é prêmio conquistado pela justiça, mas dado pela misericórdia! Os primeiros, por terem correspondido ao chamado desde cedo, correm o risco de rejeitar o Senhor, porque ele teve um coração grande para os últimos. Esquecem-se de que o Senhor, primeiro, foi justo com eles; segundo, que a salvação é dom gratuito do amor misericordioso do Pai. É graça. O privilegio dos últimos é compreender que, não o tendo merecido, o Reino é um dom. Os primeiros só acolherão se tornarem pobres de espírito, se, diferentemente do irmão mais velho, aceitar o mais novo; se, ainda que cansados de trabalhar o dia intero, saltarem de alegria porque também os últimos foram chamados e responderam o convite. A linguagem econômica que a parábola usa contesta e solapa a nossa maneira mercantilista de conceber o amor: dou para que me dês; te amo se me amares; em troca de uma coisa, dou-te a outra. Que distância entre o evangelho e a mentalidade; entre a Oração da Paz do 'poverello' de Assis e nosso espírito egoísta! O modelo que serve de pano de fundo à parábola é o Pai, seu modo de agir, que é bom e trata bem a todos os seus filhos, sobretudos, os pequenos e últimos, também quem não tem méritos para apresentar.
19/09/11 - Seg: Esd 1,1-6 - Sl 125 - Lc 8,16-18
20/09/11 - Ter: Esd 6,7-8.12b.14-20 - Sl 121 - Lc 8,19-21
21/09/11 - Qua: Ef 4,1-7.11-13 - Sl 18 - Mt 9,9-13
22/09/11 - Qui: Ag 1,1-8 - Sl 149 - Lc 9,7-9
23/09/11 - Sex: Ag 1,15b-2,9 - Sl 42 - Lc 9,18-22
24/09/11 - Sáb: Zc 2,5-9.14-15a - (Jr 31) - Lc 9,43b-45
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