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Para desafogar BR-282 são necessários R$ 320 milhões, diz estudo da FIESC

Quinta, 15 de setembro de 2011

Somente a cadeia agroindustrial da região Oeste movimenta cerca de 1,1 mil carretas de 30 toneladas por dia na rodovia

Florianópolis - Estudo da Federação das Indústrias (FIESC) mostra que são necessários R$ 320 milhões para desafogar e melhorar as condições de segurança da BR-282, rodovia catarinense que vai de Florianópolis até Paraíso, na divisa com a Argentina (Extremo Oeste). O trabalho mostra que a capacidade de tráfego da rodovia pode ser caracterizada como em fase de esgotamento. O trabalho avaliou in loco os 665 quilômetros da rodovia.

O estudo sugere a implantação de terceiras-faixas, readequação de trevos de acesso, restauração de pavimentos, melhora da sinalização e o aumento do efetivo e de equipamentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF). "As obras propostas exigem investimentos relativamente baixos, mas podem minimizar o número de acidentes, principalmente aqueles com morte", diz o autor do levantamento, engenheiro Ricardo Saporiti, que também realizou estudos para a FIESC sobre outras rodovias catarinenses, como a BR 101.

"A BR-282 é uma obra emblemática, fundamental para todo o estado, especialmente para a região atendida pela rodovia, que tem participação de 20% no Produto Interno Bruto (PIB) catarinense", afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. "Chamamos a atenção para o fato de que investir recursos nestas e outras obras estruturantes na região é uma dívida do setor público em retribuição ao trabalho e às conquistas de um povo que superou obstáculos", diz ele, referindo-se especialmente à importância do setor agroindustrial para a economia e o desenvolvimento de Santa Catarina.

Grande parte da economia transita pela BR-282, que atende um quarto da população catarinense. Somente a cadeia industrial instalada na região Oeste, que abrange o transporte de carne e insumos, movimenta cerca de 1,1 mil carretas de 30 toneladas por dia na rodovia. O setor de alimentos no estado, com principal polo produtor na região, tem 3,4 mil indústrias, 96,8 mil trabalhadores e foi responsável por 39% das exportações catarinenses em 2010.

O estudo da FIESC mostra que, como o transporte das agroindústrias e dos diversos fornecedores de empresas de outros setores é terceirizado, os pequenos e médios transportadores enfrentam os altos custos de manutenção dos veículos. Há situações em que até 40% do faturamento do caminhão é destinado para manutenção do veículo. Estatísticas da PRF de janeiro de 2007 a julho de 2011 apontam a ocorrência de uma média de seis acidentes diários e uma morte a cada três dias no local da ocorrência.

Os investimentos propostos pelo estudo da FIESC (veja a tabela abaixo) foram divididos em dois segmentos: de Campos Novos até a divisa com a Argentina (355,7 quilômetros) estima-se que o custo das obras é de R$ 180 milhões. Este trecho é considerado crítico pelo fato de ter grande movimentação diária e índice elevado de acidentes. As obras propostas para o trecho que vai de Campos Novos a Palhoça (309,4 quilômetros) somam custos R$ 140 milhões.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está duplicando alguns dos segmentos mais críticos do trecho, como o contorno das cidades de Lages (7 quilômetros), Xanxerê (14 quilômetros), Chapecó (7 quilômetros) e Pinhalzinho (4 quilômetros). No entanto, as perspectivas de duplicação de toda a rodovia não são para médio prazo, com isso, as obras sugeridas no trabalho da FIESC buscam amenizar consideravelmente o número de acidentes, assim como os custos operacionais para os usuários da rodovia.

O encontro é promovido pela FIESC, por meio da vice-presidência regional, Unoesc Chapecó e Associação Catarinense de Imprensa (ACI).


Ricardo Saporiti: O engenheiro Ricardo Saporiti é graduado em engenharia civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Paraná. Atualmente é sócio-gerente da Saporiti Engenharia. Entre os trabalhos realizados pelo engenheiro estão a implantação parcial da BR-101, trecho entre as cidades de Imbituba e Florianópolis, a construção da estrada estadual SC- 401, trecho entre Florianópolis e o Distrito de Santo Antonio de Lisboa (SC) e a implantação e pavimentação da Avenida Governador Ivo Silveira, em Florianópolis.



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