PROJETO BUSCA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
PARA O POLO MOVELEIRO DE SÃO BENTO DO SUL
A busca pelo reconhecimento oficial de Indicação Geográfica
do Móvel de Madeira Maciça da Região de São Bento do Sul foi
iniciada com o lançamento do projeto, no dia 30 de outubro, na
sede do Sindusmobil – Sindicato das Indústrias da Construção e do
Mobiliário de São Bento do Sul. Também integram a iniciativa o
sindicato patronal moveleiro Sindicom, de Rio Negrinho, e o
Sebrae/SC, que será o responsável pelo desenvolvimento do
processo de certificação.
Para o presidente do Sindusmobil, a produção de móveis de
madeira maciça é certamente a maior referência do polo formado
pelas indústrias estabelecidas em São Bento do Sul, Campo Alegre
e Rio Negrinho. É uma característica mantida há mais de 100 anos,
que levou as empresas a se diferenciar no varejo brasileiro e a
conquistar o mercado internacional.
“Com o selo de Identificação Geográfica, teremos muito mais
que uma diferenciação no mercado. Conquistaremos o
reconhecimento, inédito no mercado moveleiro do país, a uma
produção voltada à alta qualidade com sustentabilidade. Esse
avanço na história do polo moveleiro abrirá portas a novas
oportunidades, especialmente a mercados de maior valor agregado.
Além disso, certamente haverá maior valorização local do setor que
muito contribuiu e continua relevante no desenvolvimento
econômico e social de nossos municípios”, destacou Luiz Carlos
Pimentel.
Segundo o gerente regional do Sebrae/SC, as indicações
geográficas têm relevância porque protegem e valorizam as
características que destacam um determinado local na produção. “É
uma forma de agregar valor a todo esse diferencial, que somente o
polo moveleiro de São Bento do Sul possui no Brasil. A indicação
geográfica trará para o setor uma visibilidade e uma valoração aos
seus diferenciais e à sua competitividade nacional e internacional”,
avaliou Luiz Carlos da Silva.
No lançamento do projeto, Rogério Ern, consultor do Sebrae
especializado em certificação de Indicação Geográfica, esclareceu
as etapas do processo. Ele é estimado em dois anos. A primeira
etapa é dedicada ao diagnóstico e planejamento inicial, organização
e governança, padronização e controle de qualidade, além do
registro da Indicação Geográfica no INPI. Na segunda etapa é
realizado o planejamento de promoção e marketing.