Provas técnicas ajudarão a identificar os assassinos de Simone Pereira
Mafra - A investigação do assassinato da médica Simone Pereira, 31 anos, depende do resultado de algumas provas técnicas para confirmar o envolvimento de suspeitos no crime.
O corpo da médica foi encontrado enroscado em alguns galhos nas margens do rio Negro, que fica entre as cidades de Rio Negro (PR) e Mafra, em 23 de novembro do ano passado. Simone já era considerada desaparecida quatro dias antes de ser localizada.
Os legistas concluíram que alguém asfixiou Simone antes de jogá-la na água. Desde o começo desta semana, o processo judicial elaborado com base no inquérito policial passou a ser tratado em segredo de Justiça. Isto porque a polícia já tem pistas que podem apontar a autoria do homicídio.
“A Notícia” apurou que duas pessoas suspeitas já foram indiciadas, mas continuam em liberdade. O delegado responsável pelo caso, Milton Gomes, antecipa que não existem provas testemunhais do assassinato. Mas ele espera a confirmação de algumas pistas recentes para poder avançar no inquérito.
— A investigação está na fase final. Esperamos o resultado de provas tecnológicas, envolvendo movimentação de telefone celular, para chegarmos a uma conclusão. Qualquer informação a mais que divulgarmos pode atrapalhar todo o trabalho que já foi feito —, afirma o delegado.
Segundo ele, o conteúdo do inquérito passou a ser considerado segredo de Justiça por causa da delicadeza do momento da investigação.
Quando o caso veio à tona, a polícia passou a investigar três homens que teriam dirigido a caminhonete de Simone por algumas horas depois de supostamente terem encontrado o veículo com a porta aberta e a chave na ignição.
A caminhonete estava abandonada em uma região isolada de Rio Negro, sem o aparelho de som e com uma bolsa no banco do caroneiro. Mas nenhuma prova confirmou a participação dos três homens no crime. Três meses antes de Simone ser morta, o marido dela perdeu a vida em um acidente de trânsito.