Construída na cidade catarinense de Itajaí, a primeira das quatro embarcações previstas no Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) teve sua solenidade oficial de lançamento ao mar e batismo nesta sexta (9). O evento foi realizado na thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), empresa que integra a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis, consórcio que construiu a fragata para a Marinha do Brasil.
Nos modernos projetos de construção naval, como o adotado no PFCT, o navio é lançado ao mar por uma operação chamada “load out”, que consiste na movimentação da embarcação para um dique flutuante, e em seguida é realizada a imersão controlada dessa plataforma, até o navio atingir a sua própria sustentação na água. Trata-se de um procedimento complexo, que ocorrerá nos próximos dias. Após essa etapa, a fragata será transferida para o cais até a conclusão dos acabamentos e testes necessários para, então, seguir para a prova de mar.
Presente no evento, o Presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, destacou que o PFCT representa uma consistente retomada da indústria naval em Santa Catarina. “É um segmento tradicional e seu fortalecimento promove a geração de empregos e aumento da arrecadação de impostos, além de impulsionar a base industrial de defesa”, afirmou Aguiar, que também preside o Conselho da Indústria de Defesa e Segurança (Condefesa) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A Fragata Tamandaré (F200) teve seu primeiro corte de chapa em setembro de 2022, e a expectativa é de que o navio seja incorporado à Marinha do Brasil em 2025. A tripulação da Fragata Tamandaré será composta por cerca de 130 militares, que já estão em treinamento especializado. Antes da entrega à Marinha, o navio passará por testes na água, realizados pelos fabricantes.
A F200 dá nome à classe Tamandaré, uma homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil. Na solenidade desta sexta-feira - que contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes de seu ministério-, a embarcação foi batizada por Vera Brennand, esposa do Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
O programa é uma parceria entre a Marinha do Brasil e a SPE Águas Azuis, formada pela thyssenkrup Marine Systems, pela Embraer Defesa e Segurança e pela Atech, e gerenciada pela Emgepron. A primeira fragata, que dá o nome à classe, começou a ser construída em setembro de 2022.
A Marinha conduz o PFCT desde 2017, para renovação da Esquadra com quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País. Os navios têm deslocamento aproximado de 3,5 mil toneladas e são dotados de convoo, hangar para helicóptero, radares, sensores e armamentos de última geração e tem a missão de marcar a presença da Marinha do Brasil na Amazônia Azul. Além disso, vão contribuir para o controle de área marítima, para a defesa de ilhas oceânicas, para a proteção das infraestruturas críticas marítimas e de linhas de comunicações marítimas.
São navios escolta, dotados de considerável capacidade de combate, atuando em todos os ambientes de guerra. Uma de suas principais tarefas é a proteção de unidades de maior valor. As quatro Fragatas serão entregues à Marinha de forma gradativa, entre 2025 e 2029.
Com informações da Emgepron
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