O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, afirmou que a FIESC encomendou um estudo técnico para estimar a progressão do tráfego e quais as obras e investimentos necessários para atender o crescimento da demanda ao longo das próximas décadas na BR 101, considerando que a extensão do prazo concessão iria até 2048.
O presidente da entidade participou na manhã do dia 8 da reunião do Fórum Parlamentar Catarinense em Joinville para debater a proposta de renovação do contrato de concessão do trecho norte da BR 101 do Ministério dos Transportes, com aval do Tribunal de Contas da União.
Ele sugeriu que o Fórum também contrate consultoria especializada para fazer um contraponto às obras incluídas na proposta de revisão, baseada em projeções da Arteris, atual concessionária da rodovia no trecho norte. “Somos um estado que cresce mais que a média brasileira e nosso litoral cresce mais do que o resto do estado. Precisamos de uma rodovia que atenda ao nosso potencial. Não podemos nos contentar com via marginal, com faixas adicionais. Temos que fazer o que for necessário para que a falta de infraestrutura não impeça o crescimento de SC”, salientou.
Para Aguiar, por mais melhorias que se façam na rodovia BR 101, ela tem um limite de tráfego e de segurança. A conurbação entre Barra Velha e Tijucas já prejudica o tráfego na rodovia, com os moradores utilizando a via para o tráfego local. Por isso, destaca, é necessária uma solução alternativa que não limite o desenvolvimento catarinense. “Não podemos desistir da construção de uma nova rodovia paralela à BR-101, cuja demanda é evidente, em decorrência do forte ritmo de crescimento na região de entorno”, disse.
Desde 2017 a população cresceu 15 % (IBGE); o PIB 66% (IBGE); a corrente de comércio internacional 100% (MDIC) e o número de estabelecimentos 24,4% (RAIS). A economia catarinense acumula até abril expansão de 3,9%, acima da média nacional, de 2,1% (BC). Das 20 cidades com maior aumento populacional, conforme o último censo, 18 estão no litoral (IBGE).
O presidente da FIESC questionou também detalhes sobre a implantação do sistema free flow na rodovia, de forma que todos os usuários paguem pedágio, conforme o uso.
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