"Hoje é um bom negócio produzir carne de frango", afirmou o vice-presidente estratégico da FIESC, Mário Lanznaster, ressaltando que é um produto que tem o mercado aberto, sem restrições culturais, ao contrário da carne suína. A alta nas exportações de frango se deve principalmente ao preço do produto. Enquanto os US$ 259,7 milhões embarcados a mais em relação ao mesmo período em 2010 corresponderam a uma alta de 23,2% no valor, o volume vendido subiu apenas 5%, para 427,8 mil toneladas.
A carne suína, o quinto produto mais exportado por Santa Catarina, cresceu 42,4% no período, para US$ 295,4 milhões, mas sofre com as oscilações do mercado russo. "Os recentes cortes têm deixado o setor com medo por que há menos opções de mercado para exportação e é um produto mais difícil de vender", afirmou Lanznaster que também preside a Aurora Alimentos.
Há expectativa de abertura para o produto na China, Japão e Coreia, no entanto, não tem data prevista, embora o estado tenha recebido visita de uma missão japonesa na última semana. "As tratativas são demoradas, mas depois que se iniciarem as exportações, dificilmente vão parar", disse.
O câmbio continua afetando as empresas exportadoras. Lanznaster afirma que o cenário estaria melhor se o dólar estivesse num outro patamar. "Gostaríamos que o governo federal fosse mais rápido e presente nas exportações", disse ele, lembrando que a logística para o transporte de insumos também é um obstáculo para as exportadoras.
Os dez países para quem Santa Catarina mais exportou registram alta nos embarques, com destaque para a Argentina (39%), Japão (28,9%), China (39,5%) e Alemanha (17,2%).
Importação: de janeiro a agosto, as compras catarinenses no exterior registraram alta de 29,2%, para US$ 9,50 bilhões. Os produtos mais importados no período foram catodos de cobre refinado (30,7%), polietilenos (33%), fios de fibras de poliésteres (33,3%) e polipropileno sem carga (49,6%).
Os principais países de quem Santa Catarina mais importou foram China, Chile, Argentina, Estados Unidos e Alemanha.
No período, o saldo da balança comercial catarinense fechou negativo em US$ 3,60 bilhões.