Paiva Netto
No dia 13 de maio, completamos, no Brasil, 136 anos da Abolição da Escravatura e desde 2004, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), comemora-se o 2 de dezembro como o Dia Internacional dessa ação libertária. O intuito é fazer com que todos se recordem de que, longe de ser um estigma superado, ainda hoje é mal que aflige diversas partes do planeta. Ao refletir sobre essa terrível realidade, trago a vocês, prezados leitores e leitoras, estas palavras extraídas de meu ensaio literário Jesus, o Libertador Divino, que publiquei na imprensa na década de 1980, relançado por mim, revisto e ampliado, em forma de livro em 2019:
A Extraordinária Presença Luminosa que resiste à passagem do tempo
Existe um Libertador cuja influência transcende limites ou datas humanas. Sua atuação é constante. Enquanto houver fome, desemprego, falta de teto, crianças e adolescentes sem escola e afeto, idosos sem amparo e carinho, gente sem quem a conforte, há uma inadiável emancipação social e de todas as etnias ainda por fazer.
Consigna a História personagens notáveis, que dignificaram a existência terrestre (...). Entretanto, ao inexorável passar do tempo, da lembrança dos povos vai esmaecendo a fama das realizações de muitos deles, somente restando os seus nomes e a pálida recordação dos seus feitos.
Um desses vultos históricos de todos os tempos e de todas as nações gloriosamente resiste. Cada vez mais fulgura a presença luminosa e libertadora. Sua marca indelével firma-se na memória dos seres espirituais e humanos: “Passará o Céu, passará a Terra, mas as minhas palavras não passarão” (Evangelho, segundo Lucas, 21:33).
Sua vida — infância, juventude, pregação da Boa Nova, padecimentos, morte, ressurreição — não encontra paralelo na Terra: “Vós sois de baixo, Eu sou de cima; vós sois deste mundo, Eu não sou” (Evangelho, segundo João, 8:23).
Depois Dele, a vivência do ser humano nunca mais foi a mesma: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. Aquele que vive, e em mim acredita, não padecerá eternamente” (Evangelho, segundo João, 11:25 e 26).
Sacudiu as Almas e convocou para Belém a diligência dos poderosos. A Seu respeito profetizou Simeão: “Eis que este Menino está destinado para a ruína e erguimento de muitos, e para ser alvo de contradições” (Evangelho, segundo Lucas, 2:34).
Desde a infância, manifestou o Seu elevado saber: aos 12 anos já pregava aos doutores da lei, revelando o Seu Divino Conhecimento. Falava-lhes com avançada Sabedoria. Deixava-os atônitos e em demorada reflexão, tamanha a sublimidade das lições que as Suas réplicas encerravam: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê Naquele que me enviou já passou da morte para a Vida Eterna” (Evangelho, segundo João, 5:24).
(...) Quereis saber o Seu Nome? Jesus!, o Cristo Ecumênico, ipso facto, sem resquícios de intolerância, porquanto Ele, para redenção nossa, é Amor elevado à enésima potência, “a Claridade perene, que, vinda ao mundo, ilumina a todos” (Evangelho, segundo João, 1:9).
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com