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No primeiro mês de 2024, Santa Catarina vendeu US$ 0,9 bilhão em produtos para o mundo, o que representou estabilidade tanto na análise interanual, como também em relação à dezembro de 2023.
Entre os destaques positivos do mês, está a ampliação de parceiros comerciais. Santa Catarina expandiu o montante exportado para países do Oriente Médio, como Líbano e Irã, e também para países da Ásia, como Uzbequistão e Indonésia, e da Europa, à exemplo da Irlanda.
O segundo ponto positivo foi a recuperação gradual das exportações de produtos representativos na pauta exportadora catarinense. Em especial, os motores elétricos e produtos do setor madeireiro, como madeira serrada, obras de carpintaria e móveis, cresceram próximo de 30,0% ante janeiro de 2023.
Santa Catarina ampliou a comercialização de motores elétricos com a Argentina, Itália e Austrália, bem como vem recuperando as vendas de produtos de madeira para os EUA.
Apesar do cenário de restrição no setor imobiliário, a indústria da construção estadunidense está sendo sustentada, no curtíssimo prazo, pelo aumento da demanda do segmento de casas unifamiliares. Além disso, os incentivos governamentais de fomento à indústria nacional também vêm incentivando novas obras, e, consequentemente, o aumento do fornecimento de insumos oriundos de Santa Catarina.
O estado também segue ampliando as exportações de produtos que ganharam destaque em 2023, como é o caso dos transformadores elétricos. Santa Catarina diversificou parceiros comerciais do produto, aumentando as vendas para países como África do Sul, Argentina, Canadá, Bolívia e México.
Outro produto foi a sucata de ferro, pelo qual o estado ampliou quase quatro vezes o montante exportado, na análise interanual, cujo principal destino é a Índia. Desde o ano passado, Santa Catarina passou a exportar mais do produto diante da redução da demanda no mercado doméstico, causada por fatores como o arrefecimento do setor imobiliário.
Por parte da agropecuária, as colheitas recordes de grãos, ocorridas em 2023, seguem incentivando as exportações catarinenses de soja, sobretudo para China e Vietnã.
Nos principais destinos de produtos catarinenses, os EUA manteve a liderança em janeiro, representando 15,5% das exportações do estado. A economia estadunidense registrou crescimento de 17,3% nas compras catarinenses, ante janeiro de 2023, incentivado pela maior demanda de produtos do setor de madeira e móveis.
Em seguida está a China, que representou 10,1% da pauta exportadora no mês, porém registrou queda de 34,8% na análise interanual. A redução da demanda chinesa por produtos catarinenses, sobretudo oriundos dos frigoríficos, vem sendo prejudicada pela crise imobiliária e por problemas estruturais no país, que reduziram o consumo das famílias e contribuíram para o processo de deflação na economia.
No lado das importações, Santa Catarina comprou US$ 2,7 bilhões em produtos internacionais, o que representou aumento de 12,7% ante janeiro de 2023, porém uma queda de 12,7% em relação a dezembro.
O resultado mensal se deve, grande parte, pela queda das compras de fertilizantes, produto representativo na pauta importadora do estado, que recuou 45,3% ante dezembro de 2023.
Na análise interanual, o resultado está associado à queda nos preços internacionais de diversos produtos. Entre os dez principais bens comprados em janeiro oito apresentaram queda no seu preço médio, com destaque para os semicondutores e os polímeros de etileno.
Outro ponto positivo no mês foi a continuação do crescimento nas compras internacionais de insumos em atividades industriais que registraram crescimento em 2023.
Destaque para o aumento das compras de insumos da indústria plástica, oriundos dos EUA, Colômbia e Arábia Saudita. Em 2023, o setor liderou o crescimento na indústria catarinense, impulsionado pela manutenção do nível elevado no consumo das famílias.
Santa Catarina também ampliou as importações de insumos para produção de bens de capital, particularmente nos setores de equipamentos elétricos e máquinas e equipamentos. Em 2023, esses setores registraram crescimento de 7,7% e 3,7%, respectivamente, enquanto a média nacional registrou queda em ambos.
Houve também o aumento da importação de insumos intermediários da indústria, como é o caso de semicondutores, circuitos integrados, retificadores, conversores eletrônicos rolamentos e válvulas, oriundos sobretudo da China.
Na contramão do crescimento observado em outros setores, as compras de insumos para a indústria de papel apresentaram recuo, na análise interanual. Os carbonatos, carboxipolimetilenos e as pastas de fibras celulósicas estão entre os produtos que registraram queda. Esse resultado se dá, em parte, pelo efeito da queda nas exportações catarinenses de papel kraft e recipientes de papel, observadas desde 2023, principalmente para a América do Sul.
Entre os principais parceiros comerciais do estado, destaque para o crescimento das compras vindas da China, sobretudo de insumos industriais e de bens de consumo, como fios de filamento, pneus de borracha, eletrodomésticos e videogames.
Houve também crescimento das importações vindas do Chile, dada a recuperação do fornecimento do país de cobre refinado e minério de molibdênio, importantes insumos da indústria de metalmecânica e metalurgia.
Por outro lado, houve queda no montante importado da Argentina, incentivado, principalmente, pela redução das compras de alimentos, como os legumes congelados, leite concentrado e a cevada.
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