No dinâmico universo do setor moveleiro, o conhecimento e a visão panorâmica do desempenho, dos movimentos, bem como das tendências nacionais e internacionais são vitais para o planejamento e a tomada de decisões estratégicas, que guiem o sucesso das marcas e dos produtos no mercado. Nesse contexto, a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) apresenta a 7ª edição do “Relatório Setorial da Indústria de Móveis no Brasil – Anuário Brasil Móveis 2023”, um agregado de indicadores e informações mercadológicas e econômicas que colaboram para a projeção da capacidade, do desenvolvimento e do posicionamento da indústria brasileira de móveis.
Desenvolvido pelo IEMI, empresa parceira de pesquisa de mercado, com o suporte da ABIMÓVEL e apoio da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture, a iniciativa tem o objetivo de auxiliar empresários e outros atores do setor na interpretação das oscilações, dos desafios e das oportunidades no mercado interno e externo, trazendo um levantamento bastante aprofundado e abrangente do cenário moveleiro no Brasil e no mundo.
Para tal, o anuário acompanha a trajetória e contextualiza a performance da indústria de móveis tanto no contexto geral do país, como também em nove estados e 17 polos moveleiros de destaque em diferentes regiões do Brasil. Isso, além de apresentar um panorama mundial, com atenção a grandes mercados tais quais a União Europeia, os Estados Unidos e a China.
As informações setoriais são produzidas pelo IEMI a partir de Painéis de Pesquisas Anuais, englobando entrevistas diretas com milhares de fabricantes. Este esforço permite inferir estatísticas setoriais únicas e atualizadas, com recortes por região, porte e linhas de produto.
Número de fábricas aumentou em 2022
O setor mostrou um leve aumento de unidades produtoras de móveis e colchões, crescendo 1,8% de 2018 a 2022, e alcançando 19.317 empresas ao final do ano passado. O número revela uma variação positiva de 7,6% na passagem de 2021 para 2022.
Produção, porém, não acompanhou o aumento no número de unidades produtivas
A produção total da indústria moveleira, por outro lado, experimentou uma queda de 9,2% em 2022 comparada a 2021, totalizando 402,6 milhões de peças. Este declínio é mais acentuado no segmento de móveis, que viu uma retração de 8,8%, enquanto a produção de colchões aumentou 6,4% no mesmo período. O contexto, porém, revela algumas nuances atípicas, como o início e o fim do isolamento social, período que intensificou o investimento das famílias em móveis e artigos para o lar, ampliando as bases comparativas dos últimos anos.
Valor da produção e investimentos
O valor total da produção também sofreu uma queda de 3,6% em 2022 em relação ao ano anterior, embora tenha apresentado um crescimento acumulado de 14,7% nos últimos cinco anos. Os investimentos no setor totalizaram cerca de R$ 1,2 bilhão, acompanhando o declínio no faturamento, e diminuindo 6,8% em comparação a 2021.
Consumo aparente diminuiu
O contexto é puxado, entre outros pontos, pela queda no consumo aparente — que considera a produção nacional desconsiderando as exportações e somando as importações —, que caiu 8,6% em volume de peças em 2022. O segmento de móveis apresentou recuo de 8,9%, enquanto o de colchões registrou -6,4%.
E o comércio exterior?
As exportações de móveis prontos e colchões (excluindo-se partes e componentes) somaram aproximadamente US$ 830,7 milhões em 2022, representando uma queda de 11,4% em relação a 2021. As importações, contudo, também diminuíram, caindo 26,9% e somando cerca de US$ 190 milhões. Mantendo, portanto, uma Balança Comercial bastante positiva no setor.
“Ao ter acesso a todas as informações disponibilizadas de maneira estratégica no Anuário, esperamos que os empresários e profissionais moveleiros sintam-se ainda mais preparados para impulsionar a retomada de nosso setor, que passou por um ano difícil em 2022 e ainda encontra um cenário desafiador pela frente, diante de diversos obstáculos para a recuperação econômica e a reindustrialização do Brasil”, fala o presidente da ABIMÓVEL, Irineu Munhoz. “Congregar esforços com vista à construção de uma indústria mais forte e desenvolvida é um compromisso para nós”, completa.
Com isso, a entidade vem cumprindo o seu papel de trabalhar em prol do setor, acreditando no poder da informação e da inteligência de mercado, comercial e competitiva para decisões mais assertivas e planejamentos de sucesso na indústria de móveis brasileira.
“A cada uma das empresas moveleiras e demais leitores do Anuário Brasil Móveis — produzido pelo IEMI com apoio da ABIMÓVEL, além de 16 sindicatos e entidades regionais parceiras do setor, juntamente com um grupo seleto de empresas patrocinadoras —, o nosso desejo é de que o conteúdo apresentado possa ser suficientemente rico para gerar insights relevantes no planejamento dos negócios e inspirá-los na busca pelo crescimento neste e nos próximos anos”, fala o diretor do IEMI e responsável pelo estudo, Marcelo Prado.
Segundo a ABIMÓVEL, ao financiar iniciativas como esta, a entidade objetiva disponibilizar ferramentas estratégicas aos empresários e profissionais do setor com vista à consolidação da indústria brasileira de móveis como uma parceira comercial confiável, símbolo de qualidade, design original, matérias-primas únicas, que investe em tecnologia e inovação, bem como em responsabilidade social e ambiental. “Dessa forma, inspirando o mundo com a excelência, criatividade e — claro — nossa brasilidade!”, finaliza o presidente da entidade.
Tenha acesso ao “Relatório Setorial da Indústria de Móveis no Brasil – Anuário Brasil Móveis 2023”
Associados da ABIMÓVEL e do Projeto Brazilian Furniture, assim como entidades parceiras e sindicatos filiados, têm acesso exclusivo e gratuito ao relatório, produzido em língua portuguesa e inglesa, já recebendo exemplares da publicação, que também pode ser adquirida por meio de condições especiais.