Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Pedro Alberto Skiba

paskibagmail.com;diretoriajornalevolucao.com.br

Pedro Alberto Skiba (Reticências)

Diretor do Jornal Evolução

Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil

Patrono da Associação Catarinense de Colunistas Sociais (ACCS)

Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi)

Vice-presidente do Conselho Deliberativo  da Federação Brasileira de Colunistas Sociais (Febracos)

Diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet/SC)

Consul do Poetas del Mundo

Veja também Sociedade, clique aqui.


Veja mais colunas de Pedro Alberto Skiba

O mundo em ebulição (Pedro A. Skiba)

Segunda, 29 de agosto de 2011

São catástrofes, tsunamis, terremotos, guerras, revoluções, arrastões, protestos, confrontos, desamores, assassinatos, desestruturação familiar, vinganças, assaltos, drogas e está difícil se ouvir notícias boas. Os noticiários dão ênfase para a criminalidade e o povo parece sedento por sangue. São realmente as manchetes sensacionalistas as que fazem vender mais. E, não culpem os veículos de comunicação, pois são os leitores, telespectadores e ouvintes os "vampiros" em busca das notícias ruins. Basta vermos o exemplo da TV Cultura ou da TV Brasil, com programações de altíssimo nível e baixíssima audiência. Perdem de lavada para os Ratinhos e Datenas da vida, por quem as televisões fazem verdadeiros leilões para tê-los nas suas programações. Interessante que sempre se disse isto: se um cachorro morder alguém, não vira notícia, mas se alguém morder um cachorro, vai para a capa do jornal. Também ninguém dá muita importância para uma notícia que "fulano conquistou um prêmio, uma homenagem", mas se ele for alvo de notícia policial todo mundo quer detalhes esmiuçados. Já vimos protestos e passeatas pela liberação do casamento de pessoas do mesmo sexo. Milhões tomaram as ruas. Agora estamos entrando num campo mais perigoso. O da religiosidade. São os ateus que começaram a inundar as principais cidades brasileiras com outdoors em defesa dos seus direitos. Ora! Quem os está proibindo de o serem? O Estado é laico e a liberdade de religião está assegurada na Constituição. Se quiser adorar o Diabo, problema seu. Se não quiser acreditar em Deus, problema seu. Só que o interessante que todos que combatem o cristianismo e mesmo a religião católica, até os que não acreditam em Deus, adoram, usam, desfrutam e se deliciam com os feriados religiosos. Também na hora que sofrem uma perda, um acidente, que batem o dedo ou levam uma queda, aí rapidamente lembram de dizer "meu Deus". Quando se livram de uma situação difícil, "Graças a Deus". Ué! Mas não dizem que Deus não existe? É mais ou menos como aqueles católicos de ocasião. Não frequentam a igreja, não contribuem com dízimo, mas quando alguém da família falta, querem o melhor padre para celebrar a Missa de 7º Dia. No casamento da filha, então, a igreja tem ser transformada em castelo, o altar em palco. Deus tem que estar de plantão para quando eles necessitarem. A comunhão dos filhos é o maior festerê, mas a religiosidade acaba junto com a festa. Igreja? Nunca mais. O Estado é laico, mas o próprio governo respeita os dias Santos de Guarda que são prerrogativas da Igreja Católica e na maioria das vezes ainda emendam a folga. Sempre ouvi dizer que religião não se discute. Então os que não creem em Deus não precisam pedir clemência e compreensão para sua opção através de campanhas públicas. Basta não contar para ninguém. Não transformem também o ateísmo em grandes negócios. Fiquem na sua e também respeitem os que acreditam. Por mais incoerente que pareça só faltam pedir ajuda a Deus. É como o caso dos gays. Uma questão de opção. Para que sair às ruas travestidos e fazendo apologia à sua preferência sexual? Não vi nenhuma passeata de heteros para mostrar que são machos. Já temos entidades de defesa de criminosos, dos direitos humanos, mas não temos quem defenda os humanos direitos. Qualquer dia, qualquer hora, iremos assistir a passeatas pela defesa dos algemados, dos desonestos, dos políticos que roubam os cofres públicos, dos estupradores e assassinos. Seria isto um prenúncio do Apocalipse?

 

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Odirlei Dias <timbau@ymail.com>
Data: 27 de agosto de 2011 18:53
Assunto: Mundo em ebulição – Uma resposta
Para: "paskiba@gmail.com" <paskiba@gmail.com>

 

Mundo em ebulição – Uma resposta

Olá, Sr. Pedro A. Skiba e a todo o pessoal da redação. Sua última coluna “Reticências” foi realmente muito boa, mas creio que ficaram alguns pontos que merecem um pouco mais de discussão.

Realmente parece haver algo de muito desagradável na natureza humana, que vem se prolongando por tempo demais. Sejam as arenas da antiguidade, em que os cidadãos assistiam a sangrentos espetáculos em que várias pessoas morriam dolorosamente para “entretê-los”, seja como ocorre hoje, quando as pessoas assistem a barbáries na segurança de seus lares, com os filhos a tiracolo.

Qualquer pessoa veria aí mais um motivo para perder a fé na humanidade. Afortunadamente, não sou uma delas.

O campo da religiosidade é realmente minado. Creio que a exposição a que o Sr. se refere é a campanha da ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos),  através de outdoors com as esclarecedoras mensagens “Religião não define caráter” (junto a uma imagem de Hitler, um crente, e de Charles Chaplin, um descrente) ou “Com Deus, tudo é permitido” (e uma imagem do ataque ao World Trade Center).

Como associado da ATEA, bem como da SBCR (Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas), venho aqui apresentar minha defesa. Assim como alguns dos meus colegas e amigos, não combato o cristianismo ou qualquer outra orientação religiosa, desde que se mantenham restritas ao seu campo. Quando começam a querer ensinar “pseudoteorias” nas escolas, ou incitar o ódio a minorias, aí merecem toda a minha condenação.

Nunca utilizo a palavra “Deus”, ao invés, uso “deuses”, afinal considero todos eles mitos e não vejo motivo para usar um nome próprio com inicial maiúscula para algo que não reconheço como real. Uso “graças a deus”, “minha santa genovévia”, entre outros, como interjeições que são, por força do hábito. No meu leito de morte, é provável que vá invocar qualquer coisa que possa diminuir meu tormento, seja a grande URI (Unicórnia Rosa Invisível) ou o Monstro de Espaguete Voador, entre outros. E desfruto dos feriados religiosos pelo mesmo motivo de todos: sendo o Estado Laico, nenhum seguidor de determinada religião pode ser beneficiado com um feriado, em detrimento de quem não segue tal religião.

“Basta não contar para ninguém”. Uma revisão da política do “Don’t ask, don’t tell”, que até há pouco tempo vigorava nas forças armadas dos EUA, que dizia que militares gays poderiam servir, se não dissessem a ninguém acerca de sua orientação sexual?

Só se esconde algo quando se considera esse algo errado. Se determinadas seitas e religiões podem comprar espaço nas programações televisivas, ou então na mídia impressa, não vejo por que esse direito não se estenda aos descrentes. Respeito pessoas religiosas e espero esse mesmo respeito em retribuição. Se isso não ocorre, a revolta de minha parte ou dos meus colegas ateus é completamente justificável. Religião, sendo basicamente um conjunto de idéias, pode e deve ser alvo de discussão, assim como certas teorias científicas e determinadas filosofias. Só temos motivos para nos preocupar quando os a argumentação perde lugar para a violência ou quando são seres humanos os alvos, ao invés de idéias.

E, repetirei até a exaustão, ser gay não é uma questão de opção. A única opção que existe nesse sentido é entre se esconder feito rato (não contando a ninguém), ou bravamente abraçar sua sexualidade e viver sua vida. Repito uma frase que já usei antes, da qual nunca me canso: Enquanto for entre dois ou mais adultos, de maneira consentida e na privacidade de seus lares, tá valendo!

Não há motivo para uma passeata do orgulho hétero. Todos os dias são dias do hétero, e toda vez que um garoto sai por aí de mãos dadas com sua namorada é uma passeata do orgulho hétero. A motivação das Paradas do Orgulho Gay é o fato de que muitos dizem que não nos é permitido andar de mãos dadas, beijar-se em público, etc. Aí fico com uma frase atribuída a uma fictícia drag queen: “É mais difícil usar um vestido por uma hora, do que um terno pela vida toda" (Godiva, da memorável série Queer as Folk).

Por fim, essa última edição do Jornal Evolução primou pelas reportagens referentes a musica e ao estilo de vida punk, que pessoalmente admiro.

Grande abraço!

Odirlei Dias



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA