No quesito desinformação na oncologia, a respeito dos tratamentos oncológicos, a Ministra explicou como o Ministério da Saúde pretende assegurar que todos os CACONS e UNACONS garantam acesso à melhor tecnologia para pacientes com câncer. Outro ponto de atenção para o Ministério é a vacina contra o HPV, que foi uma das que mais sofreu ataques de desinformação, causando impacto, de acordo com a ministra.
“É uma vacinação que nossas jovens deveriam estar fazendo e tem baixa cobertura. Queremos e teremos esta ação junto às escolas e fará parte do nosso movimento nacional pela vacinação”, comenta. No Brasil, a adesão à vacina de HPV não alcança o nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é de 90% para meninas entre nove e 14 anos.
(Para assistir ao vídeo sobre prioridades na saúde com a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, na íntegra, clique aqui. **Créditos: Orentt Medical/ Yuppie Video)
A saúde da mulher envolve cuidados específicos em todas as fases da vida, desde a puberdade até a menopausa
Políticas públicas – Os desafios enfrentados quando se trata da saúde da mulher e políticas públicas foi destaque do Talks promovido no evento. O ex-ministro da Saúde, dr. Nelson Teich, o infectologista dr. David Uip, discutiram com o dr. Fernando Maluf e a dra. Rosana Richtmann, com a moderação do dr. Táki Cordás, sobre as estratégias adotadas pelo governo para melhor otimizar recursos e garantir equidade entre as diversas doenças e especialidades médicas. Segundo os especialistas, a educação e a comunicação são prioridade, por isso, são necessários dados para não “navegar no escuro”.
Oncologia - A falta de detecção precoce no câncer é outra preocupação para a saúde das mulheres. O câncer de mama, exceto ao de pele, é o que mais acomete mulheres. “A mortalidade de uma mulher com câncer de mama que está dentro do SUS é 40% maior do que uma mulher que está em rede privada com convênio médico”, diz o oncologista do HIAE e do BP Mirante, dr. Fernando Maluf. Todo dia cerca de 15 mulheres morrem de câncer de colo de útero no Brasil. As regiões Norte e Nordeste figuram com as maiores incidências neste tipo de câncer.
Vacinação - Se a mulher não se vacinou até os 14 anos, ainda é possível se vacinar e se proteger dos tipos perigosos de HPV. Para o dr. Fernando Maluf, é preciso uma força tarefa para vacinar meninos e meninas antes da vida sexual, que é como se contagiam pelo HPV. “No Brasil dependendo da região, menos de 30% das crianças são vacinadas. E não tomam a vacina contra o HPV porque não sabem o que é”, avalia.
Segundo a infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, dra. Rosana Richtmann, bebês morrem por causa da falta de imunização da mãe com a vacina da coqueluche a partir de 20 semanas de gestação. “Apenas 47% das mulheres se imunizam com a vacina de coqueluche no Brasil. Esta vacina é segura, evita prematuridade e está disponível na rede pública”, revela.