São Bento do Sul (SC) – O número de dependentes químicos cresce a cada ano no Brasil. Dados do Ministério da Saúde revelam que há mais de dez milhões de usuários de drogas no país. Alguns destes recorrem a tratamentos em clínicas particulares, na maioria das vezes, por imposição dos próprios familiares, o que nem sempre é eficaz.
Com uma proposta diferente, e pensando em mudar esta realidade, um grupo de profissionais de São Bento do Sul, no Norte de Santa Catarina, fundou a Comunidade Terapêutica Casa Vida (COTECAVI). O modelo de tratamento é fechado, baseado na prevenção, tratamento e ressocialização para homens entre 19 e 59 anos, que devem querer se tratar e se livrar do uso da droga de forma voluntária. “Não iremos impor nada, eles é que tem de estar motivados”, explica o psicólogo e psicanalista Robson Mello, diretor geral.
O tratamento acontece em uma área de 24 hectares, onde os residentes ficam em regime fechado por seis meses, dividem as tarefas para a manutenção da casa, que tem 400m², e do restante do espaço, em meio às atividades específicas do tratamento. Após este período inicial, são mais três meses em regime semifechado, que é a fase de ressocialização. “Nosso programa se diferencia por dar a oportunidade, durante o tratamento, de recolocar o dependente na vida fora da comunidade, ressocializá-lo para que não retorne ao mundo das drogas. E para isso podemos contar com o serviço ambulatorial (Clínica-Dia)”, afirma Mello.
O atendimento é multiprofissional e não tem ligação política e nem religiosa com nenhuma entidade. São psicólogos, psicanalista, médicos, pedagogos, filósofo, fisioterapeuta, assistente social, nutricionista, terapeuta ocupacional, musicoterapeuta e monitor. “O tripé fundamental do tratamento é a disciplina, espiritualidade e laborterapia, seguindo o modelo residencial, ou seja, que eles trabalhem para manter em ordem o local onde estão convivendo”, revela o diretor.
A comunidade terapêutica fica em uma área afastada, com muita vegetação e muito espaço ao ar livre, para que sejam desenvolvidas as oficinas sócio-ocupacionais e a psicoterapia (individual e em grupo). O tratamento é direcionado aos dependentes químicos que não possuam doença mental crônica, mobilidade reduzida, doença física ou que se encontre em situação de rua. “Nós atenderemos somente os dependentes de álcool, crack e outras drogas, este é o nosso foco. É uma proposta com regras bem definidas, porém com muita humanização, para que o resultado seja o melhor possível”, completa.
Para que o interessado seja aceito na residência terapêutica, além de querer o tratamento, serão necessários uma entrevista inicial de acolhimento e exames específicos de saúde. O residente também levará para o interior da Comunidade Terapêutica Casa Vida um enxoval com peças de uso pessoal e terá que indicar um familiar que ficará responsável por ele. A proposta é que o residente seja assistido individualmente e em grupo, e a família, que é peça importante na sua recuperação, terá toda a orientação e participará de reuniões na Comunidade, dentro do programa de reabilitação.
Há ainda, critérios para expulsão, que são a violência física ou sexual, situações confirmadas de furto, uso de drogas dentro da Comunidade, e para aqueles que não tiverem mais interesse em continuar o tratamento. “Não há monitoramento eletrônico, cerca elétrica, ou guardas, o dependente tem que estar aqui para se tratar, vivendo em comunidade, e será livre para sair, se entender que não quer mais o tratamento, ou se violar as regras que serão explicadas assim que ele entrar.”
Os interessados em ingressar na Comunidade Terapêutica Casa, podem entrar em contato pelo telefone (47) 3633-0187 ou pelo e-mail casavida.adm@gmail.com , para obter mais informações.
Equipe técnica e administrativa:
Robson Mello – Psicólogo e Psicanalista (CRP/SC 3381)
Diretor Geral e Responsável pelo Programa Terapêutico
Marluce Mello – Médica (CRM/SC 7746)
Diretora Técnica
Luiz Hamilton de Lima – Médico Psiquiatra (CRM/SC 5348). Diretor Clínico.
Bernadete Mecabô Hermes – Pedagoga, Psicopedagoga e Psicomotricista Relacional (MEC nº 10.761)
Diretora Financeira
Ségio Hermes – Filósofo e Sociólogo (MEC nº 12.360)
Diretor Financeiro
Daniela Pscheidt – Terapeuta Ocupacional (CREFITO 10012/10)
Coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa CONVIVER
Élide Folador Müelhbauer – Assistente Social (CRESS/SC 5673)
Ionára Sant’Anna Randig – Nutricionista (CRN/SC 4431)
Maria de Fátima Mendes Afonso – Fisioterapeuta(CREFITO/SC 5673)
Oldemira Abreu da Costa – Pedagoga (MEC nº LT-5210/PA)
Lidiane Tascheck – Musicoterapeuta (Reg. Nº 132917)
Paulo Henrique Fiorentini – Monitor
Contatos:
Robson Mello - 47 3633-0187 | 9226-3234