Quase metade dos brasileiros não troca de escova de dentes regularmente Coordenadora do curso de Odontologia da Anhanguera faz orientações para uso e substituições de escovas
Além de ser um ponto de acúmulo de bactérias, uma escova de dentes desgastada não é capaz de remover impurezas e pode provocar uma série de problemas bucais, como o desenvolvimento de placa bacteriana, retração gengival e, em casos mais graves, perda dos dentes. Segundo o último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, apenas 50,7% dos brasileiros trocam o item após três meses de uso. Como explica a coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, professora Indiara Welter Henn, quando as cerdas começam a ficar deformadas, perdem a eficiência na remoção de sujeira dos cantos entre os dentes. “À medida que o tempo vai passando, o potencial de limpeza diminui e a higiene bucal fica comprometida. Nessa fase de uso, é comum que as pessoas apliquem forças durante a escovação, o que ocasiona danos na gengiva”, alerta a especialista. Para conservar a qualidade das escovas, é necessário preservá-las em um ambiente que permita a secagem completa entre um uso e outro, pois a umidade constante contribui para a cultura de germes, fungos e bactérias que se multiplicam com o decorrer do tempo. Após a higienização bucal, é preciso lavá-las em água correte e guardá-las em pé. A recomendação da dentista é para que a substituição do item aconteça a cada três meses ou sempre que as cerdas estiverem com o aspecto gasto. INFECÇÕES Quando o indivíduo passa por um período de doenças respiratórias, como a gripe ou a Covid-19, ou enfrenta infecções na boca e dores de garganta, é aconselhado fazer a troca das escovas de dente. Os germes e vírus relacionados ao problema de saúde podem se alojar nas cerdas, mesmo que estejam novas, e causar a reinfecção depois da recuperação. Para evitar a contaminação de uma escova para a outra, é preciso utilizar porta-escovas com fendas para que uma peça não entre em contato com as outras do mesmo banheiro. ESCOVA ELÉTRICA As escovas dentais elétricas têm a mesma capacidade de limpeza das convencionais e são indicadas para pessoas com problemas motores, por permitirem a limpeza dos dentes com menos movimentação das mãos. A troca também deve ser feita periodicamente e, de preferência, a cada três meses de uso, porém, alguns modelos permitem apenas a troca da cabeça da peça. Geralmente, o indicado por especialistas é a escolha de cerdas macias para a higienização completa sem danos à gengiva ou desgaste do esmalte dental. A avaliação de um dentista qualificado irá auxiliar na escolha de escovas de dentes apropriadas para cada pessoa, de acordo com o tamanho da boca e da arcada dentária.
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