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Crônica para uma cidade Os desafios para São Bento sesquicentenária

Segunda, 06 de março de 2023


  Crônica para uma cidade

    Os desafios para São Bento sesquicentenária

por Pedro Alberto Skiba

A cidade está envelhecendo e por consequência também a sua população. Os desafios são cada vez maiores e exigem determinação e planejamento. Aliás, planejamento que nunca tivemos, ou Plano Diretor que nunca saiu do papel. Ao ler a Chronica do Município de São Bento, desde a sua fundação 1873 até 1923 de Wolfgand Ammon, cujos capítulos estou  iniciando  a reprodução em www.jornalevolução.com.br, tem-se a notícia da minha conclusão da "São Bento torta"e, cujos pecados estamos pagando na comemoração do seu Sesquicentenário. "Por motivos quaesquer (talvez em atenção às terras principescas) mudou-se a linha, dobrando para a direita, de maneira que a séde de S. Bento ficou alguns kilometros distante da grande estrada geral), descreve o autor.

O segundo ponto na mesma publicação diz:"Infelizmente a estação foi construída muito distante da séde, apezar dos protestos do povo e da autoridade municipal... Assim a vila de S.Bento foi prejudicada pela segunda vez por um erro na construção da linha principal de communicação e retardados seus passos para uma cidade."

Isto posto, nos deparamos com os problemas que também são centenários, agravados pelo crescimento desordenado, sem planejamento e que hoje mostram dificuldades para um trânsito de veículos automotores, ruas não projetadas e que apenas beneficiaram alguns desmembramentos de lotes, muitas sem saídas.  Indústrias também quase centenárias em áreas urbanas. Um centro apertado pelas construções dividindo espaços entre comércio e residências. Prédios disputando espaços, empilhando moradores e abrigando veículos sem estacionamento. Um único Hospital espremido sem condições de ampliação no centro da cidade. Escolas no centro e que ajudam a aumentar o fluxo de veículos com a maioria dos alunos morando em bairros e tendo que ser transportados para elas. Falta de estrutura nos bairros agravados por conjuntos habitacionais horizontais, por isso exigindo grandes áreas e distantes de locais de trabalho, escolas e atendimentos básicos de saúde, fatores complicadores nos deslocamentos dos moradores.

Como toda cidade, temos os benefícios,  as conquistas, os ônus, as carências, as prioridades e os desafios de sabermos o que queremos, se é que queremos. Evolução e este articulista, já ousaram, desafiaram e até propuseram  um seminário para discutir a São Bento do Sul de 2037. Desafio aceito pela FETEP, mas que não passou de duas reuniões, infelizmente. Queríamos discutir A São Bento do Sul que queremos se é que queremos?

Sim! Vamos comemorar os 150 anos. É justo, necessário e meritório, mas não esqueçamos, normalmente depois da festa vem a ressaca. Vamos procurar definir o que queremos. Crescimento para oportunizar, permitir que algo aconteça; oferecer meios ou condições para que algo se realize, se efetive ou procurar uma rede preguiçosa para dormir.

Sim. Pois não basta querer é preciso esforço, dedicação, estratégia, planejamento. A cidade não pode ficar esperando por uma Transpão, que sequer saiu da forma, prova de que não foi planejada, foi apenas uma ideia. Virou farinha de rosca. Precisamos de projeto arrojado, de retomar os trilhos, ousar, criar e desenvolver parcerias para construir um Terminal de Conteineres, um Porto Seco Alfandegado, junto a linha férrea. Ao seu entorno galpões industriais, conjuntos habitacionais, escola e Posto de Saúde. Esta iniciativa facilitaria e se tornaria atrativo para novas indústrias aqui se instalarem sem ter que enfrentar  os riscos e custos de subir e descer a Serra, uma questão de logística.

Bom! Esta é apenas uma sugestão se é que queremos crescer. Se optarmos apenas por envelhecer e comemorar outras datas, também é preciso lembrar que a senescência é uma fase da vida que mais exige cuidados. Precisamos discutir e por mãos a obra para a construção de um novo Hospital. Temos a sugestão: Terreno doado pela prefeitura para o IPRESB, o qual usaria recursos próprios e em caixa para construção de um moderno e equipado prédio que seria arrendado para instituição especializada em explorar os serviços. O IPRESB teria agregado os imóveis ao seu patrimônio e ainda auferiria lucros com o aluguel das instalações, ao invés de apenas ficar especulando no mercado financeiro com grandes riscos.

O desafio está lançado.

Pedro Alberto Skiba - jornalista e morador de São Bento do Sul há 40 anos - Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu - cadeira 32 - redator do www.jronalevolucao.com.br



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