Sâmia Frantz | samia.frantz@horasc.com.br
As lideranças médicas de Santa Catarina esperam superar, na próxima semana, o impasse que envolve o mutirão de cirurgias eletivas proposto pelo governo do Estado.
A principal reclamação deles diz respeito à remuneração extra que o órgão pretende pagar para a rede hospitalar: R$ 10 mil para cada 50 cirurgias, o que corresponde a R$ 200 por procedimento, que deve ser dividido entre a casa de saúde e o médico.
Nesta quinta-feira, em reunião com o secretário do Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, o Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (Cosemsc) também cobrou do governo o fato de não terem sido chamados para discutir o assunto e negociar valores.
Remuneração não incluída no planejamento
Segundo o secretário, a remuneração não foi incluída no planejamento porque o acerto ficaria a cargo dos hospitais participantes do mutirão.
— Sabemos que o valor pago pelo SUS é insuficiente e, por isso, fizemos o prêmio para atrair os hospitais. Mas a forma como as casas de saúde vão distribuir esse valor que estamos oferecendo pode variar entre um caso e outro — justificou Dalmo.
Por isso, uma nova reunião entre ambos foi pré-agendada para segunda-feira, com a presença dos representantes dos hospitais. A intenção é justamente discutir como será distribuído esse dinheiro e, dependendo, tentar negociar um novo valor.
— Nós já deixamos bem claro que para que haja uma adesão ampla da categoria os valores não podem se assemelhar à tabela do SUS. Queremos esclarecer bem este assunto, senão o mutirão corre o risco de não atingir seu objetivo - alerta o presidente do Sindicato dos Médicos, Cyro Soncini.