GOVERNO REVERTE CORTES NO FARMÁCIA POPULAR APÓS ENCONTRO COM ABRAFARMA |
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Marcelo Queiroga esteve em congresso setorial da entidade em São Paulo |
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Pouco depois de o ministro da Saúde Marcelo Queiroga participar do Abrafarma Future Trends nesta quarta-feira (dia 14), o governo federal determinou a reversão nos cortes do orçamento do Farmácia Popular para o próximo ano. Promovido pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o evento reúne 5 mil empresários, executivos e dirigentes do setor em São Paulo (SP).
O orçamento original da União enviado para o Congresso Nacional previa a redução de 59% dos recursos para o programa, o que equivaleria a R$ 1,2 bilhão.
A Abrafarma, que representa as 26 maiores empresas do setor no país e 45% da venda de medicamentos, expôs uma lista de reivindicações para o Ministério durante o evento. A entidade defende a ampliação do papel do varejo farmacêutico na assistência à saúde, o que inclui a regulamentação de mais testes rápidos e vacinas na iniciativa privada.
O CEO da entidade, Sergio Mena Barreto, elencou alguns números que indicam o potencial das grandes redes de farmácias para absorver mais serviços de atenção primária. As empresas que integram a Abrafarma mantêm 9,3 mil farmácias em 100% do território nacional e mais de 30,2 mil farmacêuticos aptos para apoiar a saúde pública.
“Nos últimos 12 meses até julho, registramos 1 bilhão de atendimentos. É como se cada brasileiro visitasse pelo menos cinco vezes as farmácias. Temos capacidade para ampliar em até sete ou oito vezes a capacidade de imunização no país, e de promover pelo menos 40 tipos de testes laboratoriais”, reforça.
Uma das reivindicações da entidade diz respeito à Consulta Pública 911, lançada em 2020 pela Anvisa, e à RDC 44 de 2009. “Essas medidas já representaram importantes avanços ao reconhecerem os serviços prestados em farmácias como serviços de saúde. Mas é necessária uma revisão para ampliar a regulamentação de novos testes e serviços como o de telessaúde”, complementa. Além dessas resoluções, o setor trabalha para aprovar o Projeto de Lei 1940/2020, que regulamenta a extensão da oferta de testes.
O ministro ratificou o compromisso de valorizar as parcerias com a iniciativa privada. “Já contamos com 38 mil salas de vacinação e estamos atuando para aprimorar o processo de avaliação de novas tecnologias no SUS. Mas queremos estimular essa sintonia com a rede privada, que vem exercendo papel fundamental no acesso e na adesão aos tratamentos de saúde”, comentou.
Sobre a Abrafarma Fundada em 1991, a Abrafarma reúne as 26 maiores redes de farmácias do país, que contam com mais de 8,9 mil farmácias em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. As redes associadas representam cerca de 45% das vendas de medicamentos no país. A associação tem como objetivo o aprimoramento das empresas filiadas, a preservação da imagem institucional, o relacionamento com entidades públicas, governo e fornecedores, além de apoio jurídico e pesquisa de mercado para o aperfeiçoamento das atividades. |