Pedro Alberto Skiba (Reticências)
Diretor do Jornal Evolução
Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil
Patrono da Associação Catarinense de Colunistas Sociais (ACCS)
Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi)
Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira de Colunistas Sociais (Febracos)
Diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet/SC)
Consul do Poetas del Mundo
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Teve uma época em que proliferaram os "eco-chatos de carteirinha". Tudo estava errado para eles e tudo era proibido. Agora existem pessoas realmente que vivem de mal com a vida. Para elas não tem sol nem dia bonito. Também não fazem nada para mudar e só pensam nelas. Coletivo? Isso é coisa para o governo. Aí, quando o governo toma uma decisão, também são contra. Sinceramente, qualifico estas pessoas como mal amadas. Você não vê nenhuma ação, nenhum grande benefício, apenas sabe que elas existem. Por certo passarão por aqui e deixarão apenas como lembrança uma lápide. Triste! Discutir, transigir, cobrar, exigir, isto tudo faz parte da vida e da cidadania, afinal vivemos em sociedade. O que não dá para aceitar é ser, por ser, do contra. Prefeitura anuncia uma obra, lá vêm os contrários. Uma sinaleira, idem. Uma lombada, então, nem se fala. Mas todos continuam desrespeitando as leis como se fossem donos da verdade e intocáveis. É mais ou menos como aquele cidadão que deveria ser pai dos filhos do vizinho. Estes, ele sabe educar e chamar a atenção, enquanto os seus destroem a casa e são mal educados. Estamos vivendo mais uma situação peculiar em nossa cidade, e é importante a participação popular. Mas para ser ouvida não são necessárias ameaças. Agora, aqui, os incendiários de plantão só querem saber de queimar pneus e fechar ruas. Oras bolas. Gás de pimenta neles!!! Só porque são contrariados em seus interesses querem queimar a cidade. E o coletivo? O bem estar e a segurança da população? Poucos são os que abrem mão da sua parcela, de seu patrimônio, que doam, que não usurários, que sabem repartir. Enquanto uns querem ajudar doando, outros só pensam no "ganhando". Perto da minha casa não, vai desvalorizar. Isso. Acumulem, pois os bandidos não gostam de roubar pobres. Então doem um terreno e façam sua parte. Aposto que o empresário que se dispôs a doar o terreno para construção da UPA em São Bento já deve estar arrependido e de saco cheio pelas reclamações e qualquer hora vai dizer: "Chega! Não dou mais". Vão se lixar. Aí vêm aqueles que acham que presídio na entrada da cidade é feio. Sabe o que é feio? É bandido e assaltante na rua. Parece mesmo que nunca saíram de São Bento do Sul. Sabem onde fica o presídio de Mafra? De Sorocaba, de Presidente Prudente, do Rio de Janeiro? Onde era o Carandiru em São Paulo, que só foi demolido porque estava caindo aos pedaços? A penitenciária em Florianópolis? Hoje, nos Estados Unidos, já se constroem presídios verticais no centro da cidade, no estilo prédios de apartamentos. "Ah, mas lá é diferente", dirão os entendidos. Claro, lá bandido fala inglês. Fuck you!!!
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Só não tem para nós
Já que não dá para salvar o corpo, o negócio é salvar a alma. Como não tem dinheiro para a saúde - é o que mais se ouve dizer - o governo resolveu investir nas Igrejas. Apenas duas em Florianópolis, interior da Ilha, e uma em São José foram contempladas com recursos da ordem de R$ 3,4 milhões para restauração. Enquanto isso, as escadarias da nossa Matriz, algo que não chega a R$ 200 mil, estão só no papel e cada vez se deteriorando mais. Será que algum empresário daqueles que não tem escorpião no bolso não se interessa em patrocinar a obra? Ficaria com o nome na história e com certeza ninguém iria ameaçar queimar pneus e fazer passeata. Isso que estamos cheios de representantes na Assembléia e até no governo.
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Mulheres, apenas
Mirem-se no exemplo destas mulheres que não são de Atenas, mas de São Bento apenas. Que não ficam só alisando suas melenas e que devem ser consideradas nossa raça e orgulho. O voluntariado sempre foi e continuará sendo a força que move a humanidade. Não há governo que resista e nem que consiga competir com esta força. A vontade, a dedicação, a solidariedade, a disposição, a entrega, o doar-se, são armas que vencem qualquer batalha, superam qualquer dificuldade. Escrevo isto para falar de mulheres que se envolvem com as causas, que não se preocupam apenas com a elegância do vestir, do se arrumar. Isto são apenas complementos e adereços para a beleza de suas almas e dos gestos que praticam. A maioria, anônimas, o que acho um erro, pois os bons exemplos devem ser mostrados, expostos e cantados em verso e prosa. Muitas não possuem a voz de Amy Winehouse nem a fortuna de Paris Hilton, mas seus corações são cofres que guardam valores que podem e devem ser eternizados. Doadoras! Sim, elas se entregam e repartem o que de mais precioso possuem em suas vidas: o sangue que corre em suas veias, os órgãos que com certeza não serão comidos pela terra, mas serão vida em outras pessoas. Serão um prolongamento de suas passagens terrenas e que salvarão e prolongarão vidas. Dedico estas poucas frases às voluntárias de nossa cidade - que se dedicam a causas nobres -, como a Rede Feminina de Combate ao Câncer, o Clube da Lady, as mulheres da Casa da Amizade, da Fundação Cidadania, Soroptimistas e dezenas, talvez centenas de anônimas que individualmente também se doam. Tem a Ivana Lampe, uma das pioneiras em doação de medula óssea. Ouvi de uma, que me é muito querida e em nome de quem homenageio a todas: Andrea Weihermann. Por que ela? Porque não tem vergonha de se expor - diferente de se exibir -, vontade de doar-se, de ser útil, de retribuir, de participar e de contar, o que pode ser exemplo para muita gente que procura modelos em outros perfis fúteis e inúteis. Seu grande desejo era ser doadora de sangue. Não podia fazê-lo porque - devido à sua elegância e ao seu perfil - não possuía o peso necessário para se tornar uma doadora. Fez o possível para adquirir o peso ideal, não se importando só com a aparência física. Assim que conseguiu, embarcou em um veículo coletivo e na companhias de Maria Chapiewski, José Maria Neidet, Fernanda Rosá, Waltrudes Maier foi até Jaraguá do Sul para fazer sua primeira doação. Lá, além do sangue, se tornou doadora de medula óssea e também de órgãos. Agora está engajada junto com a Fundação Cidadania, destaque-se Cleusa Vieira e Luciane Scatolon, para a implantação de um Banco de Sangue em São Bento do Sul. Quem ganha com estas ações é a comunidade, que deve, ao encontrar alguém que se diga voluntário(a), cumprimentar, aplaudir e principalmente se inspirar no exemplo. Mirem-se. Quem doa, também poderá receber e ninguém sabe a hora. Aqui vale lembrar que ninguém é tão rico que não tenha nada para receber e ninguém é tão pobre que não possua algo para dar. Doar sangue, doar órgãos, ser solidário é ser gente com G maiúsculo.
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Pedradas do Pedroca...
- E o frio assassino da Noruega ainda tem regalias. Viaja no banco da frente, ao lado do policial. E a cela possui amplos dois quartos, TV plasma, sala de som, academia de ginástica. Vai ter brasileiro querendo mudar para lá, acreditando que o crime compensa. Aqui já compensa, mas só para os colarinhos brancos e para quem rouba bastante. Minha casa, minha vida.
- A sigla do DNIT está mudando para DEMIT. Cadeia para esta cambada, que faria Ali Babá ficar com inveja, é pouco.
- E alguém flagrou um determinado aspone com a mão na coxa de um empresário quando as luzes do circo acenderam. Bem que eu desconfiava. Dizem que é coisa antiga.
- Meu amigo disse que o chamaram de cachaceiro e ele respondeu: "Cachaceiro é o fabricante. Eu sou apenas mais um consumidor".
- Tenho pena do prefeito Magno Bollmann. Lamentavelmente está cercado de alguns assessores que fazem a diferença. Só que no sentido negativo. Atrapalham mais que ajudam e isto lá frente pode contar. São eminências pardas, verdadeiros aspones.
- Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.