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Senador catarinense acredita que Programa BR do Mar vai incentivar crescimento da cabotagem no estad

Quarta, 17 de março de 2021


Senador catarinense acredita que Programa BR do Mar vai incentivar crescimento da cabotagem no estado

Proposta que visa aumentar participação do modal e reduzir dependência do transporte rodoviário já foi aprovada na Câmara e, agora, está com o Senado

 
 

Em entrevista ao portal Brasil61.com, o senador Dário Berger (MDB/SC) afirmou que o Projeto de Lei 4.199/2020, conhecido como BR do Mar, será importante para estimular a cabotagem em Santa Catarina. 

A proposta — aprovada na Câmara dos Deputados em dezembro — enviada pelo Governo Federal visa ampliar a navegação entre os portos brasileiros (cabotagem) e diminuir a dependência do transporte rodoviário. A votação da matéria estava na pauta do Senado esta semana, mas foi adiada. 

Segundo o parlamentar, a matriz de transporte de cargas nacional está concentrada no modal rodoviário, que é mais cara, suscetível a roubos e poluente na comparação com a cabotagem. 

“A cabotagem é um modal que aumenta a capacidade de transportes, não tem problema com roubos, torna mais barato o custo para as empresas, amplia nossa competitividade e fomenta a indústria naval brasileira. O programa irá ajudar muito Santa Catarina, que possui cinco portos e uma imensa cadeia produtiva, que necessita de uma melhor infraestrutura para além das rodovias”, acredita. 

Um dos portos catarinenses é o de Imbituba. O Porto conta com uma linha semanal de cabotagem de contêineres, que carregam, principalmente, o arroz produzido no sul do estado. O modal de transporte tem crescido nos últimos anos. De 2017 para 2018, o crescimento em volume transportado foi de 21%. De 2018 para 2019,  a alta foi de 25%. Apenas na comparação entre o ano passado e 2019 é que houve queda, de 10,4%, motivado pela pandemia.  

Arte: Brasil 61

Cabotagem

De acordo com estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a cabotagem responde por apenas 11% do transporte de cargas no País, ao passo em que o modal rodoviário é responsável por 65%, segundo o Ministério da Infraestrutura. Na prática, o projeto da BR do MAR visa aumentar a frota de embarcações no Brasil e flexibilizar regras no setor de modo a estimular a concorrência entre as empresas que ofertam o serviço. 

Atualmente, a cabotagem é feita pelas EBNs, as empresas brasileiras de navegação. Elas podem ter frota própria ou afretar navios. No entanto, uma operação realizada por navio com bandeira brasileira pode custar até 70% mais cara do que se fosse feita por uma embarcação estrangeira na modalidade de afretamento a tempo, que é quando uma companhia nacional contrata um navio com bandeira estrangeira.

A proposta da BR do Mar, então, visa ampliar as possibilidades de uma empresa brasileira usar o afretamento a tempo, por outras vias. A empresa brasileira poderia criar uma subsidiária no exterior e afretar dela mesma uma embarcação a tempo, o que teria um custo muito menor. Além de reduzir o preço, isso traria mais empregos a brasileiros, diminuiria a dependência do mercado marítimo externo e traria mais segurança à costa brasileira. 
 
Outro ponto importante para a diminuição de custos do transporte é a redução da alíquota do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) no longo curso de 25% para 8%. Tal medida reduziria o custo do frete de importação, em especial para os insumos importados pelo setor produtivo brasileiro.

BR do Mar: programa incentiva uso do transporte de cargas entre portos brasileiros

Crescimento

Com a proposta, o Ministério da Infraestrutura quer ampliar o volume de contêineres transportados todos os anos de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a 20 pés) para 2 milhões de TEUs. Além disso, pretende aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos, excluindo as embarcações dedicadas ao transporte de petróleo e derivados. 

Atualmente, a cabotagem cresce cerca de 10% ao ano, quando considerada a carga transportada em contêineres, mas o ministro Tarcísio Gomes de Freitas já afirmou que o modal de transporte tem potencial para crescer perto dos 30% com as mudanças. A proposta também pode abrir espaço para novas rotas e mercados, segundo o governo. Segundo Dino Batista, diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias, existem produtos que, hoje, não são comercializados entre regiões do País devido ao altíssimo custo logístico do transporte por rodovias, por exemplo. 

“A partir do momento em que esse produto é apresentado à cabotagem como solução logística, você viabiliza esse novo mercado. O principal é a possibilidade de criar novos mercados e possibilitar que as empresas brasileiras acessem outras regiões do País, porque os custos são mais baratos”, destacou em participação em podcast do Ministério da Infraestrutura. 

Concorrência

Desde que enviou a proposta ao Congresso Nacional, o governo trabalha para convencer os caminhoneiros de que o estímulo à cabotagem não vai prejudicar o setor. A narrativa da equipe econômica é de que a BR do Mar não é concorrente, mas parceira do modal rodoviário. 

De acordo com o governo, o aumento da demanda pela cabotagem vai aumentar a necessidade de caminhões para transportar as cargas até os portos. Além disso, a cabotagem não teria condições de competir com os principais fluxos rodoviários do País, que são intrarregionais ou para exportação, do interior ao litoral. 



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